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domingo, 15 de agosto de 2010

Faltam leitos de UTI em hospitais de Niterói e São Gonçalo

Os hospitais públicos de Niterói e São Gonçalo, que possuem Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), estão com a demanda cada vez maior. A demora na instalação de novos leitos e para a contratação de profissionais especializados preocupa a direção do Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Saúde e Previdência Social do Rio de Janeiro (Sindisprev/RJ). Segundo levantamento da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), com apenas 160 leitos, a região tem 22 leitos a menos do que o mínimo exigido para atender a determinação do Ministério da Saúde. Já se fosse para cumprir o numero ideal de três leitos para cada 10 mil habitantes – estabelecido pela Organização Mundial de Saúde – seria necessária a construção de 386 UTIs na região.

De acordo com as informações do Sindisprev/RJ, os profissionais da unidade informaram ao sindicato que as UTIs atendem acima da capacidade. De acordo com o diretor da entidade, Sebastião Souza, todos os dias pacientes que necessitariam de equipamentos como respiradores, são improvisados em salas de Trauma e em Centro de Tratamento Intensivo por falta de vagas nas UTIs.

“É um risco enorme para quem chega enfartado ou sofre com hipertensão. Em vez de serem acomodados em unidades equipadas com desfribiladores e respiradores individuais, eles são amontoados em salas com até seis a oito leitos, com poucos recursos. Eles são estabilizados de forma precária. A Saúde na região é um verdadeiro caso de polícia. O que está acontecendo é uma política de extermínio”, afirma o diretor do Sindisprev/RJ, que informa que correm no Ministério Publico Estadual quatro ações por falta de leitos e deficiência no atendimento da população.

O FLUMINENSE

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