Vocês poderão conferir abaixo, o que é uma pessoa à beira de um ataque de nervos, desesperada porque não tem como se explicar e sabe que está com a corda no pescoço.
Abatido, gaguejando e delirando, só repetindo o tempo todo – como se ele mesmo quisesse acreditar na sua mentira – que o seu governo é o melhor, o mais transparente, o mais impessoal, o mais isso, o mais aquilo, não dizendo coisa com coisa, Cabral deu mais uma demonstração do seu estilo arrogante em entrevista hoje pela manhã, mostrada no RJ TV. Separei trecho onde ele se irrita com uma pergunta de um repórter e dá as costas para os jornalistas transtornado!
er
quinta-feira, 31 de maio de 2012
quarta-feira, 30 de maio de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
DOBROU O CUSTO DO NOVO HOSPITAL DA ILHA DO GOVERNADOR
JÁ CHEGOU A 50 MILHÕES!!!
►Em julho de 2011, o prefeito Eduardo Paes ressuscitou a ideia de
Cesar Maia e assinou com a Caenge um contrato de R$ 29,4 milhões para
construir o novo Hospital Paulino Werneck, na Ilha do Governador.
►Só que, em outubro, quando R$ 13 milhões já haviam sido gastos, a empresa pediu para sair, por não ter condições de concluir o empreendimento.
►Com a urgência de oferecer novos leitos, provocada pela epidemia de dengue, a Secretaria de Saúde contratou, sem licitação, a Carioca Christian Nielsen, por R$ 16,8 milhões.
►Mas, em abril, a prefeitura divulga o resultado de uma licitação que deu à Nielsen um novo contrato de... R$ 20 milhões!
►Somando tudo, as obras chegam a'R$ 50 milhões.
►Ontem, em audiência pública na Câmara do Rio, o vereador Paulo
Pinheiro (PSOL) cobrou explicações do secretário de Obras, Alexandre
Pinto.
►Ele disse que houve aumento da área construída, de 8 mil para 10 mil metros quadrados.
►O vereador, então, resolveu pedir uma inspeção ao Tribunal de Contas do Município.
Extra Extra
Protesto pacífico
• Moradores de Santa Teresa e blocos de carnaval do bairro se reúnem quinta-feira em frente ao Palácio Guanabara. Querem ser recebidos por Sérgio Cabral
para entregar as 12 mil assinaturas pelo retorno do bondinho como principal transporte do bairro.
Paris na cabeça
• Mandam avisar que, se o governador não os receber, vão protestar usando guardanapos brancos na cabeça.
quarta-feira, 23 de maio de 2012
QUE VERGONHA SÉRGIO CÔRTES !
O rodeio de Sérgio Côrtes: “Segura peão!”
|
Sérgio Côrtes montando touro mecânico (Montagem do Deco) |
Aluguel de touro mecânico para festa
julina, contratação de trio de forró, de banda para o aniversário de
uma cobra albina e de bufê com “feijoada completa, petiscos, sobremesa e
bebidas”. Esses itens foram apresentados pelo governo do estado como
gastos com saúde ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), ano passado. Os
conselheiros deram parecer prévio favorável às contas do Executivo, mas
fizeram ressalvas.
O relatório do TCE classifica essas despesas como “não pertinentes”. Na lista dos gastos se destaca o Instituto Vital Brazil, em Niterói, que produz soro contra veneno de cobra e aranha, medicamentos e exames laboratoriais.
Para a festa julina de 15 de julho, gastou R$ 600 com o aluguel do touro mecânico, R$ 1.428,60 com trio de forró e R$ 10.500 com buffet para 350 pessoas. O órgão gastou R$ 15.275 com a feijoada para 235 pessoas e R$ 5 mil para o “2º aniversário da cobra albina que tem o nome de Sivuca”.
Só com “eventos e festejos”, o Fundo Estadual de Saúde, subordinado à Subsecretaria Executiva da Secretaria de Saúde, autorizou o pagamento de R$ 1,45 milhão em 2011, aponta o relatório do TCE. O estado deu R$ 3 mil para apoiar o evento Niterói Naval Offshore.
Secretaria não explica gastos
Infrações de trânsito, autos de infrações emitidos por outros órgãos, juros e multas também foram incluídos pelo estado como gastos com Saúde. A inclusão da despesa na pasta teve como unidade ordenadora, a que autoriza o pagamento, o Fundo Estadual de Saúde (FES). Só com esses itens o governo gastou R$ 1,5 milhão no ano passado.
Foi incluído como investimento em Saúde o pagamento de R$ 18,2 milhões ao INSS. A verba custeou ainda um show do quinteto Sivuca, em agosto do ano passado no instituto Vital Brazil, e a organização de evento com “hospedagem e alimentação” para formação de recursos humanos que custou R$ 59,6 mil ao FES.
A Secretaria Estadual de Saúde limitou-se a informar, em nota, que “o Tribunal de Contas do Estado aprovou as contas. O índice de 12% na Saúde foi atingido.” O órgão não explicou o motivo de tais despesas terem sido incluídas em “aplicações em ações e serviços públicos de saúde”. O Instituto Vital Brazil foi procurado no final da tarde, mas ninguém atendeu o telefone.
Foto: Arte O Dia
Os conselheiros destacaram que R$ 73,3 milhões apresentados como gastos com saúde não poderiam ser contabilizados assim. Ou seja: não podem fazer parte dos 12% da arrecadação de impostos que a Constituição Federal determina que os estados destinem à Saúde. Mesmo sem os R$ 73,3 milhões, o governo estadual comprovou ter gasto 12,03%. A Secretaria Estadual de Saúde não explicou os gastos e disse apenas que o percentual exigido foi cumprido.O relatório do TCE classifica essas despesas como “não pertinentes”. Na lista dos gastos se destaca o Instituto Vital Brazil, em Niterói, que produz soro contra veneno de cobra e aranha, medicamentos e exames laboratoriais.
Para a festa julina de 15 de julho, gastou R$ 600 com o aluguel do touro mecânico, R$ 1.428,60 com trio de forró e R$ 10.500 com buffet para 350 pessoas. O órgão gastou R$ 15.275 com a feijoada para 235 pessoas e R$ 5 mil para o “2º aniversário da cobra albina que tem o nome de Sivuca”.
Só com “eventos e festejos”, o Fundo Estadual de Saúde, subordinado à Subsecretaria Executiva da Secretaria de Saúde, autorizou o pagamento de R$ 1,45 milhão em 2011, aponta o relatório do TCE. O estado deu R$ 3 mil para apoiar o evento Niterói Naval Offshore.
Secretaria não explica gastos
Infrações de trânsito, autos de infrações emitidos por outros órgãos, juros e multas também foram incluídos pelo estado como gastos com Saúde. A inclusão da despesa na pasta teve como unidade ordenadora, a que autoriza o pagamento, o Fundo Estadual de Saúde (FES). Só com esses itens o governo gastou R$ 1,5 milhão no ano passado.
Foi incluído como investimento em Saúde o pagamento de R$ 18,2 milhões ao INSS. A verba custeou ainda um show do quinteto Sivuca, em agosto do ano passado no instituto Vital Brazil, e a organização de evento com “hospedagem e alimentação” para formação de recursos humanos que custou R$ 59,6 mil ao FES.
A Secretaria Estadual de Saúde limitou-se a informar, em nota, que “o Tribunal de Contas do Estado aprovou as contas. O índice de 12% na Saúde foi atingido.” O órgão não explicou o motivo de tais despesas terem sido incluídas em “aplicações em ações e serviços públicos de saúde”. O Instituto Vital Brazil foi procurado no final da tarde, mas ninguém atendeu o telefone.
terça-feira, 22 de maio de 2012
quinta-feira, 17 de maio de 2012
TRE apreende jornal que veiculava fotos do governador Sérgio Cabral em Paris
Peregrino
também informou que vai prestar queixa na 5ª DP (Centro). Segundo
advogados consultados pelo partido, a apreensão foi ilegal.
JORNAL DO BRASIL
terça-feira, 15 de maio de 2012
Obra superfaturada da Delta desaba e deixa um ferido
RIO DE JANEIRO (O REPÓRTER)
Uma funcionária da área de limpeza do Insituto de Traumato-Ortopedia (Into) se feriu, na manhã desta terça-feira (15), depois que o piso do quarto andar do prédio, localizado na Avenida Brasil, na altura do Caju, Zona Portuária do Rio, se rompeu. De acordo com a assessoria de imprensa da unidade, no local do acidente funciona a sala de máquinas
Segundo o hospital, a funcionária, que não teve a identidade divulgada, foi imediatamente atendida no Into e passa bem. Ela despencou do quarto para o segundo andar e está sob os cuidados da equipe da médica da instituição.
O Into foi reinaugurado em um novo local, em novembro do ano passado. A responsável pela obra foi a Delta Construção, alvo de investigações sobre o caso Carlinhos Cachoeira.
O Instituto é especializado em atendimento cirúrgico, exclusivamente para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O hospital é considerado referência no tratamento de doenças e traumas ortopédicos.
Em nota, a unidade informou que "o acesso à sala de máquinas tem entrada restrita, autorizado apenas para funcionários qualificados de manutenção. O local do acidente não foi projetado para suportar o peso de uma pessoa. É um acesso de máquinas e, por isso, o teto é de gesso."
O hospital ainda informou que a funcionária é contratada pela empresa licitada Facility, que gerencia e supervisiona sua equipe no local.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Médium João de Deus teria sido levado pelo bicheiro num jatinho particular até Caracas para atender o presidente Chávez.
JORGE BASTOS MORENO
Coluna Nhenhenhém
Em nome da féSabem aquele respeitadíssimo médium João de Deus, recentemente entrevistado pela apresentadora mais famosa do mundo, a Oprah Winfrey?
Pois é. Esse mesmo! Ele é o mais novo alvo de alguns integrantes da CPI do Cachoeira. Não que ele seja um homem de malfeitos. Muito pelo contrário, o médium é conhecido internacionalmente justamente pelo bem que faz ao próximo, através das milagrosas curas.
É que, por ser amigo de Cachoeira, João de Deus teria sido levado pelo bicheiro num jatinho particular até Caracas para atender o presidente Chávez.
O que a Polícia Federal e esses parlamentares da CPI querem descobrir é quem pagou pela viagem.
E, com isso, chegar a novos interlocutores políticos do Cachoeira.
Especula-se que seria aí que o mensalão cruza com o bicheiro.
Será?
Tenda dos milagres
Procurada pela coluna, a assessoria de imprensa do médium confirmou que João de Deus atende "várias personalidades internacionais, inclusive chefes de Estado".
Mas só que o médium, segundo ainda sua assessoria, "jamais daria nomes dos pacientes, por questões éticas".
RÁDIO MORENO
Ex-presidente LULA se encontrou ao menos 3 vezes
com médium de Goiás conhecido internacionalmente.
Ex-presidente LULA se encontrou ao menos 3 vezes
com médium de Goiás conhecido internacionalmente.
ALÉM DE CABRAL, O SECRETÁRIO BELTRAME TAMBÉM ESTÁ BLINDADO NA ALERJ
NÃO É CASO DE PSIQUIATRIA E SIM CASO DE POLÍCIA!!!
O psiquiatra da Assembleia
► A mesa diretora da Assembleia Legislativa decidiu não convocar o
Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, para explicar por que
frequentou o camarote de uma cervejaria no carnaval. ►Inconformado, Paulo Ramos (PDT) armou um barraco com o presidente Paulo Melo (PMDB) — e outros deputados entraram na confusão.
►Gerson Bergher (PSDB) decidiu apartar a brigalha-da. "Isso está virando caso de psiquiatria", apelou.
►Para quem não sabe, Bergher é mesmo psiquiatra e, como tal, já foi ídolo na TV
► Falava sobre o tema no programa de Edna Savaget.
BERENICE SEARA
Delta: participação no PAC é tão grave quanto envolvimento com Cachoeira.
O esquema de Carlinhos Cachoeira com a Delta Construções é nacional? O bicheiro de Goiás tinha alguma ingerência no governo do estado do Rio de Janeiro? E no governo do estado de Pernambuco, onde a empreiteira também teve um crescimento espantoso? E no governo do Pará? Ao que tudo indica, não. Então o que deve ser investigado é porque as obras do PAC privilegiaram esta construtora. Porque a Delta passou a ser a maior beneficiada pelo programa de obras centralizado do governo federal. O TCU mandou diversos sinais, na forma de relatórios sobre fraudes e superfaturamento, envolvendo obras da construtora de Cavendish. O Maracanã, obra-símbolo da Copa, tinha uma falcatrua de cerca de R$ 100 milhões. Está na hora da CPI levantar quem são os Cachoeiras dos demais estados. Quem são os Cachoeiras dentro do Palácio do Planalto e dos seus ministérios.
COTURNO NOTURNO
As mazelas da saúde pública - Emergências sem equipamento
As mazelas da saúde pública em solo fluminense são reveladas pelos
próprios médicos numa pesquisa do Conselho Regional de Medicina do Rio
de Janeiro (Cremerj) divulgada anteontem. Além da superlotação, os
profissionais sofrem com a falta de equipamentos básicos nas
grandes emergências: 67% delas não estão suficientemente equipadas
com monitores de sinais vitais e 27% não possuem desfibriladores em
quantidade adequada.
O Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, enfrenta a maior insuficiência de equipamentos no estado. O problema é citado por 88,9% dos médicos da unidade. A direção do hospital e a Secretaria estadual de Saúde negam.
O hospital foi quase todo remodelado, mas a superlotação ainda é um problema. A sala amarela da emergência, onde não deveria haver pacientes internados, está cheia. Para atender à demanda, foram instalados leitos nos corredores. Diretor do hospital, Dilson Pereira frisou que não há recusa de pacientes e que, mesmo nos corredores, eles recebem o atendimento necessário.
O secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, reconhece a existência de alguns problemas citados na pesquisa. Segundo ele, no entanto, todos estão sendo combatidos com a remodelação das grandes emergências.
O Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, enfrenta a maior insuficiência de equipamentos no estado. O problema é citado por 88,9% dos médicos da unidade. A direção do hospital e a Secretaria estadual de Saúde negam.
O hospital foi quase todo remodelado, mas a superlotação ainda é um problema. A sala amarela da emergência, onde não deveria haver pacientes internados, está cheia. Para atender à demanda, foram instalados leitos nos corredores. Diretor do hospital, Dilson Pereira frisou que não há recusa de pacientes e que, mesmo nos corredores, eles recebem o atendimento necessário.
O secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, reconhece a existência de alguns problemas citados na pesquisa. Segundo ele, no entanto, todos estão sendo combatidos com a remodelação das grandes emergências.
SOBRE A PESQUISA
90%
É o percentual de médicos de 15 unidades de saúde, das três esferas de governo, ouvidos na pesquisa.
83%
É a proporção de médicos que acham que suas equipes estão incompletas. Segundo ele, o déficit é causado por baixos salários (34%), sobrecarga de trabalho (23%), superlotação (22%) e falta de material (13%).
33%
É o percentual de pacientes que chegam em regime de urgência nas unidades e permanecem no setor após a fase emergencial
sábado, 12 de maio de 2012
Lula quer Cabral fora da CPI do Cachoeira para oposição não identificar quem lucrou com bondes do Alemão
Exclusivo – Descoberto o motivo pelo qual o Doutor
Chefão Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo enfermo e andando de bengala, corre tanto
para evitar que seu amigo e parceirão Serginho Cabral Filho seja convocado a
depor na CPI do Cachoeira – que até agora caminha para desaguar em mais uma
pizza com sabor de impunidade. Lula teme que Cabral seja obrigado a explicar,
além de sua ligação umbilical com a empreiteira Delta, por que as obras do
plano inclinado do complexo do Alemão custaram tão caro e tiveram tantos termos
aditivos ao contrato inicial, superfaturando a previsão inicial de gastos.
O motivo da correria de Lula para blindar
Cabralzinho serviu de assunto das fofocas de final de semana de alguns senadores
e deputados, em Brasília - lugar apropriadamente avacalhado como “Detrito
Federal”. Oficialmente, a obra no Alemão custaria estratosféricos R$ 210
milhões. Mas o valor pode ter sido aditivado para R$ 253 milhões. Os políticos
comentavam ontem que gente muito próxima a Lula teria se beneficiado do
negócio.
Símbolo-mor do PAC no Rio de Janeiro, os bondinhos do Alemão são alvo de críticas econômicas. Transportam
apenas 10.000 passageiros por dia. Mas custam ao Estado do Rio R$ 2 milhões por
mês, em subsídios. O negócio parece tão bom que já se estuda implantar uma nova
linha do teleférico até o shopping Nova América, em Del Castilho, na zona norte
do Rio de Janeiro. Será que o modelo operacional resiste a uma isenta auditoria
para verificar se o dinheiro gasto a mais com sua manutenção escorre para algum
sistema de mensalão? Eis a questão...
Bancado pelo governo do RJ e operado pela Supervia
(em contrato de emergência, sem licitação que só ocorre em julho), o teleférico
tem passagem social a R$ 1 que não cobre os custos operacionais. Para piorar o
rombo, 55% dos usuários desfrutam de gratuidade. Cada viagem de até 3,5km (da
estação inicial, Bonsucesso, até a final, Palmeiras), 152 gôndolas, de 6h às
21h, custa aos cofres públicos R$ 6,70 – R$ 2 milhões divididos por 300.000
passageiros/mês.
Em 7 de julho de 2011, quando a Presidenta Dilma Rousseff
inaugurou o teleférico do Alemão, o discurso do vice-governador do Rio de
Janeiro chamou atenção. Luiz Fernando Pezão fez questão de agradecer às empreiteiras
responsáveis pela obras, principalmente a Delta Construções, de Fernando
Cavendish, cuja ligação com os esquemas do bicheiro e lobista Carlinhos
Cachoeira e a amizade com o Governador Sérgio Cabral se transformam em bons
motivos para se convocar alguém a depor numa CPI.
Uns 20 dias antes do discurso de Pezão, Cabral tinha
sido pego na besteira de ter apanhado emprestado um jato do empresário Eike
Batista, do grupo EBX, para viajar à Bahia e participar dos festejos de
aniversário do dono da Delta, em um resort. A farra passaria despercebida não
fosse uma tragédia. A queda de um helicóptero que provocou a morte de sete
pessoas e tornou evidente a intimidade entre o governador e o empreiteiro.
Cavendish perdeu a mulher, Jordana, e o enteado, Luca. O vice Pezão tinha
acabado de chegar à Sicília, na Itália, quando ocorreu o acidente, e foi
obrigado a cancelar as férias, voltando no primeiro voo ao Brasil, a fim de dar
suporte ao amigo Cabral.
A administração Cabral, no poder de 2007, já pagou
mais de R$ 1 bilhão à Delta, de Cavendish. Pelo menos R$ 207 milhões resultaram
de contratos assinados com dispensa de licitação. A maioria dos acordos também
teve termos aditivos aumentando os custos das obras. Desde a semana passada, a
Delta ainda divulga reclamações de que o Governo Cabral lhe deve uns R$ 300
milhões em obras executadas e não pagas.
Cabral também quase se queimou porque concedeu R$ 79,2 milhões em benefícios fiscais para a EBX, empresa do bilionário qhe lhe emprestou o jatinho para o trágico passeio na Bahia. Sorte de Cabral que o Ministério Público resolveu arquivar a investigação sobre o assunto. Fato normal de acontecer em um País em que os governadores nomeiam os Procuradores Gerais de Justiça – responsáveis, eventualmente, por investigar seus erros ou crimes.
Cabral também quase se queimou porque concedeu R$ 79,2 milhões em benefícios fiscais para a EBX, empresa do bilionário qhe lhe emprestou o jatinho para o trágico passeio na Bahia. Sorte de Cabral que o Ministério Público resolveu arquivar a investigação sobre o assunto. Fato normal de acontecer em um País em que os governadores nomeiam os Procuradores Gerais de Justiça – responsáveis, eventualmente, por investigar seus erros ou crimes.
terça-feira, 8 de maio de 2012
Cabral não revela nomes de clientes de sua consultoria
BRASÍLIA – O governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB-RJ), se
recusou a informar à Folha a lista dos clientes de sua empresa de
consultoria em publicidade, a SCF, sigla que remete às iniciais do nome
do peemedebista.
A propriedade da empresa foi declarada pelo governador à Justiça
Eleitoral em 2010, no valor de R$ 90 mil, mas estaria “inoperante” desde
2006, segundo a assessoria de imprensa de Cabral.
Indagado sobre os clientes da empresa anteriores a janeiro de 2007, o
governador respondeu, por meio de sua assessoria: “Trata-se de um
assunto privado. Mas posso garantir que nem a Delta nem qualquer empresa
prestadora de serviços do Estado foi cliente da SCF”.
A Delta Construtora será investigada pela CPI do Cachoeira do
Congresso por supostas relações com as atividades do empresário de jogos
ilícitos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Seu dono, Fernando Cavendish, e Cabral foram flagrados juntos em
vídeos recentes divulgados pelo site do deputado Anthony Garotinho
(PR-RJ), adversário político do peemedebista, em viagens luxuosas à
Europa.
Após a divulgação das imagens, o procurador-geral da República,
Roberto Gurgel, pediu informações a orgãos de controle sobre os
contratos da Delta com o governo do Rio e dois requerimentos foram
apresentados à CPI do Cachoeira solicitando a convocação do governador.
Um dos sócios de Cabral na empresa de consultoria, Carlos Emanuel de
Carvalho Miranda, é citado no relatório final da Operação Castelo de
Areia, desencadeada em 2008 pela Polícia Federal para investigar a
empreiteira Camargo Corrêa. Miranda é casado com uma prima-irmã de
Cabral, de quem é “amigo desde a adolescência”, segundo a assessoria do
governador.
Miranda também é sócio de um irmão do governador em outra empresa.
Segundo o relatório, Miranda foi citado pelo doleiro de São Paulo
Kurt Pickel, um suposto operador financeiro clandestino da empreiteira, e
teria recebido propina de pelo menos R$ 177 mil em espécie como parte
de um acordo de R$ 40 milhões feito entre o governo do Rio, a CC e a
operadora do Metrô, a Opportrans, em torno da concessão para exploração
do metrô.
Na residência de Pietro Bianchi, um consultor da empreiteira, a PF
apreendeu manuscritos e uma tabela que, segundo a PF, ligavam pagamentos
de pelo menos R$ 843 mil ao secretário e braço direito de Cabral,
Wilson Carlos de Carvalho.
Em outras oportunidades, o governo negou irregularidades no acordo
financeiro com a Opportrans e a CC. Em 2010, após a Folha revelar as
citações ao secretário Wilson Carlos, ele “negou veementemente” qualquer
recebimento de valores. Miranda, procurado ontem, não foi localizado.
O outro sócio do governador na empresa de consultoria é Ricardo Rocha
Cota, é subsecretário de Comunicação Social do governo Cabral.
Procurado ontem para falar sobre as atividades da empresa de
consultoria, ele não ligou de volta para a Folha.
Eduardo Paes e Sérgio Cabral: Convocação para CPI do Cachoeira já!
Recentemente, foram descobertas relações suspeitas entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira, políticos de diferentes estados do país e empresários donos de empresas contratadas pelo setor público.
A conclusão é lógica:
Políticos beneficiavam Cachoeira e empresários com suas decisões e, em troca, recebiam favores, dinheiro, presentes e auxílios nas campanhas eleitorais.
Corrupção gritante!
Um dos empresários que estaria envolvido até o pescoço no esquema é Fernando Cavendish, dono da Construtora Delta.
Suspeita-se que Cachoeira poderia ser, até mesmo, um sócio oculto da construtora.
Portanto, Cavendish e a Construtora Delta estariam no centro de uma enorme rede de corrupção.
E o que o Rio de Janeiro tem a ver com isso? TUDO!
Confira alguns fatos já comprovados:
- Cavendish é um dos melhores amigos do Governador Sérgio Cabral!
- Cabral e Cavendish costumam viajar para a Europa juntos na companhia de secretários do estado e empresários, jantando em restaurantes caríssimos e comprando produtos de luxo.
- A Construtora Delta recebeu 533% mais dinheiro no governo Cabral do que nos governos anteriores.
- Cabral deu à Delta 554 milhões de reais em 2010. 127 milhões sem licitação.
- Em 2011, Cabral deu mais 358 milhões à Delta. 72 milhões sem licitação.
- Agora em 2012, já são 138 milhões.
- A Delta estava envolvida na reforma do Maracanã, orçada em 859 milhões, e deixou a obra para tentar abafar as denúncias.
- Quem pagou as altas despesas de Cabral e seus secretários em Paris?
- A Delta pagou? Se sim, por quê? Cabral fez algo pela empresa?
- Ou foi o povo do estado do Rio de Janeiro que pagou sem saber?
MAS NÃO É SÓ NO ESTADO, NA PREFEITURA TAMBÉM!
- Eduardo Paes e Sérgio Cabral dizem sempre que são muito unidos.
- Então provavelmente não só Cabral ajudava a Delta e sabia das falcatruas de Cachoeira. Eduardo Paes deveria saber também.
Confira outros fatos comprovados que já viraram notícia nos grandes jornais:
- A Delta Construções, campeã de contratos com o governo do estado, trabalha também para a Prefeitura do Rio.
- Eduardo Paes aprovou contratos que somam mais de 1 bilhão de reais entre a Delta e o município do Rio, segundo o RJTV, programa da Rede Globo.
- A Delta estava envolvida na construção da TransCarioca, orçada em 798 milhões, e deixou a obra para, mais uma vez, tentar abafar as denúncias.
CACHOEIRA É SÓCIO OCULTO DE CAVENDISH.
CAVENDISH É AMIGO DO PEITO DE CABRAL E SEUS SECRETÁRIOS.
TODOS ELES ESTÃO UNIDOS COM EDUARDO PAES.
COM CABRAL E EDUARDO PAES, O RIO ESTAVA NAS MÃOS DA DELTA, ATÉ AS DENÚNCIAS SURGIREM.
SOMANDO CABRAL E PAES, A DELTA RECEBEU BILHÕES QUE SAÍRAM DO NOSSO BOLSO!!!
SERÁ QUE UMA PARTE DESSES BILHÕES FOI PARA CACHOEIRA E OUTRA PARTE PAGOU AS VIAGENS LUXUOSAS PARA A EUROPA?
CABRAL E EDUARDO TÊM QUE SE EXPLICAR!
CONVOCAÇÃO DELES PARA A CPI DO CACHOEIRA JÁ!
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Errei. Perdão! Acreditei em Cabral, por Ricardo Noblat
É no que dá ser generoso com Sérgio Cabral, Fernando Cavendish, dono da Delta, e o “bando dos homens de guardanapo”.
Escrevi
aqui que só farrearam juntos em Paris há três anos porque não existia o
Código de Ética que desde 2011 rege a conduta de Cabral e dos demais
servidores públicos do Rio. Acertei no acessório, errei feio no
principal.
O acessório: de fato até 2009 não havia código que
orientasse Cabral a governar preservando a ética. E sem um código ficava
muito difícil para ele ter certeza se a ética corria perigo ou não.
Cabral
é simpático, porém simplório. Só no ano passado sentiu a necessidade de
um código. Para ser exato: depois de 17 de junho do ano passado.
Naquele
dia, Cabral voou a Porto Seguro, na Bahia, em jatinho do empresário
Eike Batista. Foi comemorar o aniversário de Fernando Cavendish, dono da
empreiteira Delta e de quase R$ 1,5 bilhão em contratos com o governo
do Rio.
À noite, um helicóptero caiu ao transportar sete convidados do aniversariante. Todos morreram.
Cavendish
perdeu a mulher, Jordana, e o filho de três anos do primeiro casamento
dela. Cabral perdeu a amiga Fernanda Kfuri, acompanhada do filho e de
uma babá. Marco Antônio, filho de Cabral, perdeu Mariana Noleto, sua
namorada.
Quem pilotava o helicóptero era Marcelo Mattoso de Almeida, ex-doleiro. Na ocasião chovia forte.
Primeiro a assessoria de Cabral informou que ele não estava em Porto Seguro quando o helicóptero caiu. Estava.
Depois
informou que ele viajara às pressas para lá ao saber do acidente.
Negou, contudo, que Cabral tivesse viajado em jato de Eike – viajou.
E negou que tivesse retornado ao Rio em jato de Eike. O retorno ainda é um mistério.
Criticado
por ter comparecido ao aniversário de um fornecedor do Estado em jato
cedido por outro fornecedor, Cabral disse: “Sempre procurei separar
minha vida privada da minha vida pública”.
Apesar disso, prometeu
mudar de comportamento – não sei por quê. E anunciou a criação de um
código de ética ao qual se submeteriam todos os servidores do Estado.
O
decreto com o Código de Conduta da Administração, “que limita as
relações entre agentes públicos e privados”, só foi publicado no Diário
Oficial no dia cinco de julho passado. Na véspera, Cabral fora atingido
por mais uma denúncia: no dia 2 de dezembro de 2010, viajara em jato de
Eike para as Bahamas, onde encontrou Cavendish.
Além do código, o
decreto criou duas comissões de ética: uma formada por membros do
governo para fiscalizar o procedimento dos funcionários do primeiro
escalão do governo; a outra por gente de fora para dirimir eventuais
dúvidas quanto ao código e garantir sua aplicação aos funcionários dos
demais escalões.
Segundo o código, empregados do Estado são
proibidos de “receber presente, transporte, hospedagem, compensação ou
quaisquer favores, assim como aceitar convites para almoços, jantares,
festas e outros eventos sociais” – quer seja obrigatório ou não o uso de
guardanapos na cabeça.
E agora, o principal, onde errei.
Dez
meses depois da publicação do decreto que criou o código e as duas
comissões de ética, supus (jornalista deveria ser proibido de supor) que
o código estivesse em vigor e as comissões funcionando.
Nem o código nem as comissões saíram do papel. Como em 2009, Cabral segue livre podendo atropelar a ética.
Cabral
levou oito meses para nomear os integrantes das duas comissões. Uma
delas reuniu-se uma só vez. A outra, algumas vezes, mas não há registros
das reuniões.
Sem que tenha sido aplicado até aqui, em breve o código será reformado para se tornar mais rigoroso.
Pois é. Zombaria! Deboche! Escárnio com a nossa cara!
Peço desculpas por tê-los enganado acreditando no que disseram Cabral e seu bando. Doravante serei mais cuidadoso.
Cabe
a vocês cobrarem respostas de Cabral para dezenas de perguntas que
teimam em não calar. É espantoso que podendo liquidar o assunto de uma
vez por todas ele prefira alimentá-lo com o seu silêncio.
Por que
Cabral não exibe a relação completa das viagens oficiais e particulares
que fez a Estados e ao exterior desde que assumiu o governo? Com data,
destino, meio de transporte, duração e a identidade da fonte pagadora de
cada despesa?
Por que não revela quantas vezes voou com Cavendish? Ou o encontrou no lugar para onde voou?
Seria tão simples! Não é verdade?
Assessor do presidente da Alerj acompanhou viagem de Cabral e Cavendish à Europa
A revelação da identidade do quarto participante de uma das viagens do
grupo de Sérgio Cabral e Fernando Cavendish à Europa conecta o
presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio, deputado estadual
Paulo Melo, do PMDB, ao círculo mais próximo do dono da construtora
Delta. À mesa, com a mulher, em uma viagem a Mônaco, está também Luiz
Carlos Bezerra, assessor de orçamento de Melo, que tem no currículo
passagens pelo governo do estado e pelo gabinete da Casa Civil, que tem
como secretário Régis Fichtner – também presente algumas das imagens.
Paul Melo comanda a tropa de choque de Cabral na Assembleia Legislativa. Ajuda, por exemplo, a barrar a iniciativa da oposição de criar uma CPI no legislativo do estado para cobrar do governador explicações sobre suas ligações com a Delta.
Bezerra é o homem de cabelos grisalhos, sobrancelhas negras, óculos, pele morena, que aparece ora ao lado da primeira dama, Adriana Ancelmo, ora com a mulher, de cabelos curtos, em situações posadas. São imagens bem mais contidas que as da dança com o lenço na cabeça, que reuniu integrantes do primeiro escalão do governo do estado. Mas o impacto não é pequeno.
Paul Melo comanda a tropa de choque de Cabral na Assembleia Legislativa. Ajuda, por exemplo, a barrar a iniciativa da oposição de criar uma CPI no legislativo do estado para cobrar do governador explicações sobre suas ligações com a Delta.
Bezerra é o homem de cabelos grisalhos, sobrancelhas negras, óculos, pele morena, que aparece ora ao lado da primeira dama, Adriana Ancelmo, ora com a mulher, de cabelos curtos, em situações posadas. São imagens bem mais contidas que as da dança com o lenço na cabeça, que reuniu integrantes do primeiro escalão do governo do estado. Mas o impacto não é pequeno.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
A CASA DA MÃE JOANA
Base em polvorosa na Assembleia
►A CPI que pretende investigar as festas do governador Sérgio Cabral e de seus secretários com o empreiteiro Fernando Cavendish, dono da Delta, dificilmente vai ganhar vida na Assembleia Legislativa.
►Mas ainda assim, já está causando a maior confusão.
Baixa na tropa do governador
► Justamente quando mais precisa, a defesa de Cabral na Assembleia está desfalcada.
► Cidinha Campos (PDT) descobriu que sofria de uma síndrome rara e foi obrigada a operar os dois pés.
► Serão três semanas sem pisar.
► O líder do PT, André Ceciliano, orientou os seis deputados da bancada a não assinarem o requerimento de instalação.
► Mas só Zaqueu Teixeira, que está de olho numa secretaria estadual, acatou a determinação do líder sem chiar.
► Waguinho (PRTB), pré-candidato à Prefeitura de Belford Roxo, para não ficar mal com o governo, retirou a assinatura.
► Os únicos governistas que mantiveram os seus nomes no documento foram Dionísio Lins (PP) e Wagner Montes (PSD).
Boi de piranha
► Pelos corredores da Assembleia, alguns deputados diziam que, se as investigações se concentrassem somente no secretário estadual de Saúde, Sérgio Cortes, apoiariam a CPI, sugerida por Clarissa Garotinho (PR).
►A CPI que pretende investigar as festas do governador Sérgio Cabral e de seus secretários com o empreiteiro Fernando Cavendish, dono da Delta, dificilmente vai ganhar vida na Assembleia Legislativa.
►Mas ainda assim, já está causando a maior confusão.
Baixa na tropa do governador
► Justamente quando mais precisa, a defesa de Cabral na Assembleia está desfalcada.
► Cidinha Campos (PDT) descobriu que sofria de uma síndrome rara e foi obrigada a operar os dois pés.
► Serão três semanas sem pisar.
► O líder do PT, André Ceciliano, orientou os seis deputados da bancada a não assinarem o requerimento de instalação.
► Mas só Zaqueu Teixeira, que está de olho numa secretaria estadual, acatou a determinação do líder sem chiar.
► Waguinho (PRTB), pré-candidato à Prefeitura de Belford Roxo, para não ficar mal com o governo, retirou a assinatura.
► Os únicos governistas que mantiveram os seus nomes no documento foram Dionísio Lins (PP) e Wagner Montes (PSD).
Boi de piranha
► Pelos corredores da Assembleia, alguns deputados diziam que, se as investigações se concentrassem somente no secretário estadual de Saúde, Sérgio Cortes, apoiariam a CPI, sugerida por Clarissa Garotinho (PR).
BERENICE SEARA
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Cabral quis ser chique, foi brega
Vergonha, essa é a sensação que resulta dos vídeos das villegiaturas
parisienses do governador Sérgio Cabral em 2009, acompanhado por alguns
secretários e pelo empreiteiro Fernando Cavendish, dono da Delta.
3611Uma cena pode ser vista com o olhar do casal que está numa mesa ao fundo do salão do restaurante Louisl5, noHoteldeFrance, emMô-naco. ("Este é o melhor Alain Ducasse do mundo", diz Cabral, referindo-se ao chef.) Ela é uma senhora loura e veste um pretinho básico. A certa altura, ouve uma cantoria na mesa redonda onde há oito pessoas. Admita-se que ela entende português. 0 grupo comemora o aniversário de Adriana Ancelmo, a mulher de Cabral, e festeja o próximo casamento de Fernando Cavendish. Até aí, tudo bem, é vulgar puxar celulares no Louis 15 e chega a ser brega filmar a cena, mas, afinal, é noite de festa. A certa altura, marcado o dia do casamento, Cabral decide dirigir a cena: "Então, dá um beijo na boca, vocês dois." Cavendish vai para seu momento Clark Gable, e o governador diz à mulher do empreiteiro: "Abre essa boca aí". As cenas foram filmadas por dois celulares. Um deles era o do dono da Delta. Na mesma viagem, Cavendish, o empresário George Sadala, seu vizinho de avenida Vieira Souto e concessionário do Poupatempo no Rio e em Minas, mais os secretários de Saúde e de Governo do Rio, (Sérgio Cortes e Wilson Carlos), estão no "Novíssimos ricos do Brasil emergente constrangem a patuleia com sua promíscua vulgaridade" restaurante do Hotel Ritz de Paris. Até aí, tudo bem, pois o empreiteiro tinha bala para segurar a conta. Pelas expressões, estão embriagados. Fora do expediente, nada demais. Inexplicáveis, nessa cena, são os guardanapos que todos amarraram na cabeça. Ganha uma viagem a Dubai quem tiver uma explicação para o adereço. O álbum fecha com a fotografia de quatro senhoras gargalhantes, no meio da rua, mostrando as solas de seus stilettos (duas vermelhas). Exibem como troféus os calçados de Christian I.ouboutin. Nos pés de Victoria Beckham (38 anos) ou de Lady Gaga (26 anos), eles têm a sua graça, mas tornaram-se adereços que, por manjados, tangenciam a vulgaridade. Não é a toa que Louboutin desenhou os modelos das dançarinas (topless) do cabaret Crazy Horse. As cenas constrangem quem as vê pela breguice. Até hoje, o ex-presidente José Samey é obrigado a explicar a limusine branca de noiva tailandesa com que se locomoveu numa de suas viagens a Nova York. (Não foi ele quem mandou alugar o modelo). A doutora Dilma explicou que não foi ela quem mandou fechar o Taj Mahal. No caso das vileggiaturas de Cabral, a breguice não partiu dos organizadores da viagem, mas da conduta dele, de seus secretários e do amigo empreiteiro. Esse tipo de deslumbramento teve no governador um exemplo documentado, mas fazparte doprima-rismo dos novíssimos ricos do Brasil emergente. Noutra ponta dessa classe está o senador Demóstenes Torres, comprando cinco garrafas de vinho Che-val Blanc, safra de 1947: "Mete o pau aí. Para muitos é o melhor vinho do mundo, de todos os tempos (...) Passa o cartão do nosso amigo aí, depois a gente vê". O amigo do cartão era Carlinhos Cachoeira que, por sua vez também era amigo da empreiteira Delta, de Cavendish. FOLHA DE S. PAULO - ELIO GASPARI |
A oposição vai fazer barba, cabelo e bigode hoje na ALERJ, e a base governista?
A coragem da escudeira fiel
A temperatura promete esquentar hoje à tarde no plenário da ALERJ, na primeira sessão ordinária após o escândalo público protagonizado pelo governador Sérgio Cabral e seus asseclas em território francês. Respaldada pela indignação geral da sociedade brasileira com o episódio, a oposição vai fazer barba, cabelo e bigode. Os deputados Marcelo Freixo, Clarissa Ga-rotinho, Luiz Paulo Corrêa, Janira Rocha e Paulo Ramos, por certo, vão cobrar da Mesa Diretora providências regimentais para convocar o governador àquela casa legislativa para prestar esclarecimentos, sobretudo, no que diz respeito ao pagamento de passagens, hospedagens, jantares e demais badalações.
Por outro lado, os deputados da base governista que há até poucos dias viviam se acotovelando para subir à tribuna para enaltecer Sérgio Cabral e defendê-lo de acusações "infundadas" de seus adversários, terão agora que justificar o injustificável. Terão que ter a cara de pau de pegar o microfone e afirmar que tudo isso que está sendo divulgado pela imprensa é "intriga da oposição". Que o governador tem um exército de bajuladores na ALERJ o povo sabe. Mas o que todo mundo está curioso pra saber é quem, além da deputada Cidinha Campos, terá a coragem de se contrapor à opinião pública e abonar sua conduta.
A temperatura promete esquentar hoje à tarde no plenário da ALERJ, na primeira sessão ordinária após o escândalo público protagonizado pelo governador Sérgio Cabral e seus asseclas em território francês. Respaldada pela indignação geral da sociedade brasileira com o episódio, a oposição vai fazer barba, cabelo e bigode. Os deputados Marcelo Freixo, Clarissa Ga-rotinho, Luiz Paulo Corrêa, Janira Rocha e Paulo Ramos, por certo, vão cobrar da Mesa Diretora providências regimentais para convocar o governador àquela casa legislativa para prestar esclarecimentos, sobretudo, no que diz respeito ao pagamento de passagens, hospedagens, jantares e demais badalações.
Por outro lado, os deputados da base governista que há até poucos dias viviam se acotovelando para subir à tribuna para enaltecer Sérgio Cabral e defendê-lo de acusações "infundadas" de seus adversários, terão agora que justificar o injustificável. Terão que ter a cara de pau de pegar o microfone e afirmar que tudo isso que está sendo divulgado pela imprensa é "intriga da oposição". Que o governador tem um exército de bajuladores na ALERJ o povo sabe. Mas o que todo mundo está curioso pra saber é quem, além da deputada Cidinha Campos, terá a coragem de se contrapor à opinião pública e abonar sua conduta.
O POVO DO RIO
1613
terça-feira, 1 de maio de 2012
FOI UM GRANDE ERRO CONCENTRAR O PODER NAS MÃOS DO PMDB
Palácio quer enquadrar Zaqueu Teixeira
► O governo do estado já mandou alguns recadinhos de alerta ao deputado estadual Zaqueu Teixeira (PT).
► Se quiser mesmo ser o secretário estadual de Assistência Social, na vaga do petista Rodrigo Neves, o moço vai ter que se comportar como um deputado da base do governo.
► Zaqueu tem sido, digamos assim, desagradável ao Executivo na condução da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, da qual é presidente.
► Logo após a greve da polícia, até a convocação do comandante-geral da PM, Erir Ribeiro da Costa Filho, o moço já conseguiu aprovar.
Tropa de choque
► O moço já obrigou o povo que defende a administração Cabral a dar seus pulos para blindar o comandante.
► A tropa teve que obstruir algumas sessões e tirar o quórum de reuniões convocadas por Zaqueu para tratar de temas que não interessavam ao governo.
► Agora, dizem os palacianos, é com o deputado mesmo.
► Ele decide.
► O governo do estado já mandou alguns recadinhos de alerta ao deputado estadual Zaqueu Teixeira (PT).
► Se quiser mesmo ser o secretário estadual de Assistência Social, na vaga do petista Rodrigo Neves, o moço vai ter que se comportar como um deputado da base do governo.
► Zaqueu tem sido, digamos assim, desagradável ao Executivo na condução da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, da qual é presidente.
► Logo após a greve da polícia, até a convocação do comandante-geral da PM, Erir Ribeiro da Costa Filho, o moço já conseguiu aprovar.
Tropa de choque
► O moço já obrigou o povo que defende a administração Cabral a dar seus pulos para blindar o comandante.
► A tropa teve que obstruir algumas sessões e tirar o quórum de reuniões convocadas por Zaqueu para tratar de temas que não interessavam ao governo.
► Agora, dizem os palacianos, é com o deputado mesmo.
► Ele decide.
Berenice Seara - EXTRA
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