Primeiro chegou à cidade um conjunto de tratores. O entardecer do dia 9
de janeiro ficou marcado pela passagem da motoniveladora, da
retroescavadeira e de um trator simples, em comboio pelas ruas centrais.
Já se sabia que o governo do Rio de Janeiro enviara o maquinário ao
município. O “diacho” era apurar por que motivo. Todo faceiro e com
poucos dias de mandato, o prefeito Marcinho Abreu (DEM) posava para
fotos ao lado das máquinas. De baixa estatura, ele parecia ainda menor
diante dos avantajados pneus. Será que, finalmente, vários quilômetros
de ruas de terra batida na região central da cidade ganhariam asfalto?
Bem que precisavam. Mas o maquinário não ficou na cidade.
A curiosidade só aumentou quando os tratores tomaram o caminho da zona
rural e chegaram ao distrito de Inconfidência, local histórico a 20
quilômetros do centro da cidade – onde, no século XVIII, o então alferes
Tiradentes costumava se hospedar. O maquinário foi visto em seguida na
estrada de terra Francisco Corval Alonso, onde, havia mais de cinco
anos, os atoleiros dificultavam a vida de quem precisava passar na via.
“Vixe, seu moço! Era barro demais da conta”, diz Delair Inácio
Gonçalves, caseiro de um dos sítios da região. Em poucas semanas, os
tratores do governo taparam buracos, corrigiram desníveis, instalaram
manilhas para escoar a água das chuvas, e – o principal – a estrada
recebeu uma cobertura de saibro para evitar atoleiros.
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