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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Containers das UPA's e UPP's é feita por empresa de fachada de amigão do vice Pezão

Empresa de fachada faz UPP e unidade de saúde no Rio


Há dois programas-chave na gestão do governador do Rio, Sérgio Cabral, daqueles que funcionam como vitrine política. O das Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs, que tiram de traficantes o domínio territorial sobre as favelas, e as Unidades de Pronto Atendimento, conhecidas como UPAs, pequenas unidades de saúde para doentes de menor complexidade, feitas para desafogar prontos-socorros. Na semana passada, VEJA descobriu que o que vai pelos bastidores desses programas pode transformá-los em vidraça. Nos últimos três anos, uma única empresa recebeu 140 milhões de reais pela construção de módulos de aço para as unidades de saúde. A empresa também montou módulos para UPPs e recebeu boa parte dos 8 milhões aplicados no projeto pela OGX, empresa de petróleo do bilionário Eike Batista - o mesmo que empresta o jato para o governador fazer viagens particulares. Criada em janeiro de 2009, sete meses antes do primeiro repasse de verbas, a Metalúrgica Valença recebeu empréstimos de 4 milhões de reais do governo do Rio e a concessão de uso de um terreno entre 2009 e 2014, período exato do mandato de Cabral, para se instalar. Mas, na sede da empresa em Valença, no sul fluminense, não há nada além de uma estrutura metálica incompleta e mato num terreno baldio. A fábrica até chegou a ser inaugurada, em junho de 2010. Mas dali não saiu, até agora, sequer uma chapa de aço. 
O dono da Metalúrgica Valença é Ronald de Carvalho, conhecido na vizinha Barra do Piraí por sua amizade com o vice-governador Luiz Fernando Pezão, ex-prefeito da cidade e candidatíssimo à sucessão de Cabral. Quem de fato monta as unidades é outra empresa de Carvalho, a Metalúrgica Barra do Piraí, que não tem contrato com o governo do estado. Procurado por VEJA, o empresário afirmou que não vê problema em usar a fábrica de uma de suas empresas para construir algo que deveria ser feito por outra. Tampouco explicou por que, depois de conseguir empréstimos de 4 milhões de reais e concessão para o uso do terreno, e de ter direito, em Valença, a um imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) 17% menor do que o de Barra do Piraí, até agora não instalou fábrica alguma na cidade. O governo do Rio afirma que desconhece as irregularidades relativas aos módulos de saúde e que os contratos para as UPPs são de responsabilidade da OGX. Revista Veja

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Região do Porto do Açu sofre com crise do grupo EBX

Comerciantes, lavradores e trabalhadores saíram perdendo com derrocada das empresas de Eike Batista
São João da Barra, RJ - Eles não estão incluídos no processo de recuperação judicial e não farão parte de nenhum cronograma de pagamento de dívidas. São a ponta menos visível da crise do grupo X: pequenos empreendedores que investiram para aproveitar as oportunidades geradas pelos gigantescos investimentos no Porto do Açu e agricultores que foram desalojados de suas terras para a construção de um distrito industrial na zona rural de São João da Barra, onde está sendo instalado o empreendimento.


Como boa parte dos pequenos empreendedores locais, Bastos se viu envolvido na espiral de calotes que assolou a região após o começo da crise. Já conseguiu renegociar alguns créditos, mas ainda tem uma fatura de R$ 30 mil não paga por uma das empresas contratadas para as obras do porto. Histórias como essa são comuns na cidade e, segundo estimativa feita pelo pesquisador do Instituto Federal Fluminense (IFF) Roberto Moraes, que estuda os efeitos da implantação do porto, há hoje pelo menos R$ 2 milhões em dívidas de fornecedores das empresas X junto a empresários da região. Como se tratam de subcontratados, estes credores não fazem parte do processo de recuperação judicial.
Dono de uma pousada e um restaurante na localidade de Grussaí, ao norte do porto, João Batista Stellet Alves prefere nem dizer o valor do calote que tomou de um cliente. "É um dinheiro que faz diferença", lamenta o empresário, que investiu mais de R$ 300 mil na pousada, inaugurada no fim de 2012. "Mas não quero protestar, porque sempre digo que não sou fornecedor, sou parceiro", diz ele, com esperança de receber a dívida e manter a clientela no futuro. No início do ano, manteve taxa de ocupação de 100% por conta de um contrato com um prestador de serviços do porto, que reservou todos os quartos para seus trabalhadores. Hoje, a taxa oscila entre 50% e 75%, nos melhores dias.
Há, na cidade, uma grande interrogação com relação ao futuro do projeto. "A gente tem notícias aqui de novos contratos no porto e, de repente, começam a falar da falência do Eike Batista... Vai confiar em quem?", questiona Bastos. Além do terminal de minérios, seu carro-chefe, o empreendimento foi projetado para abrigar um complexo siderúrgico, um polo metal-mecânico, cimenteiras, uma base de apoio à exploração de petróleo e empresas de tecnologia, entre outros. A siderúrgica foi a primeira a desistir, como reflexo natural do excedente de capacidade de produção no mercado mundial após a crise de 2008, e levou consigo o polo metal-mecânico e o setor de cimento, que estavam ligados à produção do aço.
Este ano, duas notícias agravaram o clima de incerteza: empresas ligadas a Eike Batista e apresentadas como âncoras do porto, a Eneva (ex-MPX) e a OSX anunciaram a suspensão de projetos. A primeira desistiu de construir uma térmica a carvão, inviabilizada pela fuga das siderúrgicas - que consumiriam a energia - e pelo recuo do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Inea) na concessão de licença ambiental. A segunda, após anunciar recuperação judicial, informou que devolverá à LLX metade da área prevista para o estaleiro, cujo projeto está sendo revisto.
O governo do estado trabalha para fomentar, na área, um polo de equipamentos submarinos para a produção de petróleo, em substituição às empresas que desistiram do investimento. Duas fábricas em implantação atualmente, da National Oilwell Varco e da Technip, pertencem a esse segmento. A proximidade com as reservas da Bacia de Campos, maior produtora nacional de petróleo, e com a cidade de Macaé, de onde a Petrobras coordena suas operações na região, é apontada como vantagem comparativa do porto do Açu neste sentido.
Existe a expectativa, também, de que empresas internacionais avaliem a compra do estaleiro. Qualquer negociação, porém, depende do andamento do processo de recuperação judicial da OSX, protocolado na Justiça do Rio na última segunda-feira. De certo, apenas o terminal de minério, com início de operações previsto para o ano que vem - além das empresas de equipamentos petrolíferos. "A LLX está com um novo dono (a americana EIG), que deve retomar os processos. Tenho a esperança que, para meados de 2014, a coisa volte a acelerar", aposta Alves.
Produtores rurais resistem a desapropriações para obras do distrito industrial
"Eles primeiro chegam de mansinho, medindo as terras. Depois botam a placa e dizem que é deles". A reclamação do pequeno produtor rural de São João da Barra Reginaldo de Almeida, em frente ao terreno que pertence a sua família há 40 anos, foi feita com dedo em riste. Na mira, uma placa que identifica o terreno contíguo de 13 quilômetros quadrados, desapropriado para receber o polo siderúrgico da ítalo-argentina Ternium, no entorno do superporto do Açu. Com a retração do mercado de siderurgia e a entrada da empresa no grupo controlado pela Usiminas, porém, o empreendimento foi interrompido em setembro e a expectativa é que a companhia entregue as terras, hoje improdutivas.


Almeida é um dos produtores rurais que tiveram terras desapropriadas para a construção do distrito industrial do Açu, que abrigaria parte dos empreendimentos previstos para o complexo. De acordo com o chefe da família, Reinaldo de Almeida, de 78 anos, eles perderam um lote de três alqueires e temem ter que sair do terreno em que vivem e cultivam maxixe, quiabo e abacaxi. "Eu, meu pai e meus sete irmãos revezamos para nunca deixar o terreno vazio, porque eles só vêm quando não tem ninguém", diz o filho Reginaldo, que convive 24 horas por dia com caminhonetes e uma guarita de segurança privada instalada ao lado da casa de um dos irmãos.
A operação de desapropriação teve início no final de 2009, com estudos que definiram a necessidade uma área de 70 quilômetros quadrados, antes dividida em 466 lotes de pequenos produtores rurais. Desde então, 292 propriedades já foram desapropriadas, mediante imissão de posse. Em contrapartida, o governo ofereceu às famílias que residiam nas terras lotes de, no mínimo, dois hectares em um assentamento próximo chamado Vila da Terra. Além disso, todos os proprietários, moradores ou não, ganharam direito a um auxílio-produção de um a cinco salários mínimos por dois anos. O governo informa que já foram pagos cerca de R$ 2,8 milhões em auxílio para 190 famílias, das quais 35 foram para o assentamento.
Segundo o governo estadual, para os casos em que não houve acordo, já existem ações na Justiça e, hoje, as indenizações vem sendo feitas por depósito judicial. A resistência ao processo, que vem sendo usado como arma pela oposição ao governo Sérgio Cabral, aumenta à medida em que o projeto do porto perde tamanho. "Não precisava ter abraçado o mundo com tanta pressa. Esse porto está lá longe e nós perdemos pasto e área para plantar", diz o produtor Manoel Peixoto, conhecido na região como Manoel Poeira, de 61 anos.
Manoel levou a reportagem do Brasil Econômico até os limites da área onde, há um ano, foi detido por resistência à desapropriação. A área de um alqueire, hoje cercada por arame farpado. "Me agarraram pelo pescoço e me algemaram com meus dois filhos, como bandidos", recorda, exaltado. Ele lamentou o fato de terem jogado areia sobre a terra, que ficou improdutiva - mesmo que não seja usada pelo porto - e não perdeu a chance de comentar o mau momento de Eike Batista. "Avião, para subir lá para o céu, precisa de motor potente. Para cair, não precisa de nada". FONTE: BRASIL ECONÔMICO

domingo, 10 de novembro de 2013

CABRAL É O MEU GAROTO !

Mãe de Cabral diz: Saiam da porta do meu filho



"É o melhor governador do Brasil", diz pai de Sérgio Cabral Filho

Para a oitava biografia de sua carreira, Quanto Mais Cinema Melhor (Lazuli Editora), Sérgio Cabral, de 76 anos, escolheu seu primeiro 'personagem vivo' e fora da MPB: o diretor de TV e cineasta Carlos Manga. “Ele é a única grande figura viva da época de ouro das chanchadas e o único que poderia contar tudo. Manga era muito bonito e esteve com centenas de mulheres, não escapava uma atriz”. Pai do governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, ele já está mergulhado na vida de Aracy de Almeida, "sua próxima vítima", como costuma brincar. A cantora completaria 100 anos em 2014. Como vê a polêmica das biografias não autorizadas? Jamais vou pedir licença a alguém para escrever uma biografia. Mas também escrevo com consciência e acredito que o retratado nunca poderia ficar chateado comigo, porque não vou falar coisas que denigrem. Li que o Caetano não gosta de biografias. Como assim? Ele me ligou quando escrevi o livro do Ary Barroso dizendo que tinha adorado. Sobre quem gostaria de escrever? Vinicius de Moraes. Mas não vou escrever nada sobre ele porque teria que ficar uns cinco anos trabalhando, e não tenho esse tempo. O Manga foi exceção, ele é um amor, mas gente viva é muito chata e fica cheia de coisinhas. O que pode adiantar sobre a biografia da Aracy de Almeida? Ela era uma pessoa fantástica, mas andou fazendo umas bobagens quando foi jurada num programa de calouros. Ficou estigmatizada como ranzinza e chata , mas era inteligentíssima, culta e podia discutir sobre qualquer coisa. Quero mostrar essa pessoa para todo mundo. É uma cantora que me seduz. Como é ser pai de um governador alvo de tantos protestos? Tenho muito orgulho, mas muita aflição por tudo o que está acontecendo, por ele ficar exposto a críticas que parecem muito pessoais. Para mim ele é o melhor governador que o Brasil já teve. Acredito que ele cometeu algum erro com a imprensa, porque os jornais têm uma antipatia dele. Sei que isso passa. Como conheço jornal e conheço meu filho, tudo vai terminar bem. Se não terminar bem, é porque não chegou ao fim.

Cabral se irrita ao ser comparado com Collor

DITADURA DO CABRAL


domingo, 3 de novembro de 2013

FORA CABRALZINHO !


Pezão e Júlio Lopes vão para a China

O vice-governador e coordenador de Infraestrutura do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, faz visita oficial à China. Leva a tiracolo o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, aquele que ainda não resolveu o problema do bondinho de Santa Teresa. Eles vão se reunir com diretores da China National Machinery Import and Export Corporation (CMC), que, junto com a Changchun Railway Vehicles Co. Ltd. (CNR), forma o consórcio responsável pela fabricação dos trens adquiridos pelo governo do estado.
Ainda na segunda-feira, Pezão reúne-se com representantes do China Development Bank (CDB), com o objetivo de identificar oportunidades de negócios e futuras linhas de financiamento para projetos fluminenses de infraestrutura. Com isso, Pezão dá os primeiros passos rumo à campanha eleitoral.
No dia seguinte, o vice-governador reúne-se com diretores da Changchun Railway Vehicles Co. Ltda e visita a fábrica de trens, na cidade de Changchun. Na quarta-feira (6/11), Pezão desloca-se para a cidade de Guangzhou, onde se reúne com diretores do estaleiro Afai Shipyard, responsável pela fabricação de sete barcas, adquiridas pelo estado, que serão destinadas à travessia Rio-Niterói. A visita oficial encerra-se na quinta-feira, com visita ao estaleiro, onde estão sendo fabricadas as embarcações.