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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Prezados Governantes - A voz da Serra

Nova Friburgo não quer ajuda, quer condições para voltar a crescer e se reconstruir.

Não temos petróleo, não temos porto, não temos Comperj.
Não temos os incentivos fiscais das cidades vizinhas.
Não temos estradas, internet ou um sistema de telefonia decente.
Não temos mais infra-estrutura.
O poder municipal não tem mais dinheiro para investir, já que o hospital, que atende a 11 municípios, leva 30% do orçamento da Prefeitura. O resto vai quase todo para folha.
O Município já vinha perdendo sua identidade e sua força econômica. Agora perde vidas, muitas vidas e o pouco de estrutura que ainda restava.
Queremos que o Hospital seja transformado em estadual.
Queremos os incentivos fiscais que os outros municípios já possuem.
Queremos apoio às empresas que querem construir mais de 3.000 casas, além daquelas da Nova Cidade, mas que não conseguem aprovação do Governo Federal e da Caixa.
Queremos estradas que tornem possível o acesso fácil às localidades afastas do Centro, para que a cidade possa se “espalhar” criando novos bairros em áreas seguras.
Queremos que o sistema de transporte integrado seja expandido a esses locais, com novas linhas de ônibus, BRT’s e o VLT na parte central, onde o espaço é reduzido.
Queremos vias alternativas, que reorganizem ruas que hoje já ligam vários pontos da cidade, sem a necessidade de se passar pelo Centro. Bastaria repavimentação, sinalização, fiscalização e divulgação, sem grandes obras.
Queremos a Estrada do Contorno para tirar as carretas do centro da cidade, que não respeitam o trânsito e a população, estragam as ruas e congestionam tudo.
Queremos que a RJ-116, que, por coincidência, só cuida do trecho da estrada onde trafegam carretas, se lembre que existem outros tipos de tráfego e de necessidades nas cidades que ela atravessa.
Queremos a Avenida Brasil, queremos que os cruzamentos dentro das cidades sejam organizados, queremos apoio às nossas comunidades.
Queremos obras emergenciais, feitas dentro dos planos de marketing e de urbanismo que já existem, sem abandonar o que já estava em andamento.
Queremos um pequeno aeroporto, de baixo custo, mas que possa apoiar, inclusive, as ações dos bombeiros durante as queimadas de inverno: nosso próximo problema natural.
Nós temos vocações para o turismo de alto nível, em especial o de estrangeiros. Temos vocação para a mecânica de precisão, principalmente por causa do clima e de nossa mão de obra. Temos a moda íntima, os serviços e comércio que polarizam diversos municípios, temos o agronegócio. Todos esses pontos precisam de apoio para reconstrução.
Queremos ser vistos como uma pequena capital, um posto avançado do Governo do Estado, capaz de criar um ambiente favorável a uma mudança de atitude da população, às ações práticas e produtivas do poder municipal, e ao empreendedorismo do empresariado.
Não queremos reconstruir o que já existia, queremos recriar uma Nova Friburgo.

Por Alexandre Meinhardt

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