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quarta-feira, 19 de junho de 2013

A DITADURA DO GOVERNADOR SÉRGIO CABRAL

A Secretaria estadual de Administração Penitenciária divulgou, nesta quarta-feira, fotos de três estudantes presos durante a manifestação no Centro do Rio, na segunda-feira, com uniformes de presidiários. De acordo com a Seap, os jovens estão em celas comuns porque não têm nível superior. Apesar de não ter o hábito de enviar para a imprensa fotos de presos por furto qualificado, autuações que os três receberam, a Secretaria informou que atua de acordo com a demanda.
Alunos de Engenharia Metalúrgica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Caio Brasil Rocha e Vagner Ferreira da Silva estão na Cadeia Pública Bandeira Stampa, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.
Já Juliana Isméria Campos Vianna, de 20 anos, namorada de Caio e que cursa História na Universidade Federal Fluminense (UFF), encontra-se na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no mesmo Complexo de Gericinó.
Os três foram autuados na 5ª DP (Gomes Freire) por furto qualificado e receptação. Segundo os agentes, eles estavam com uma sacola que teria mercadorias levadas de uma loja, na Rua São José. Os estudantes negaram o crime.
Amigo de Juliana, o universitário Alexandre Silva contou que estava junto de Juliana e Caio. Segundo ele, o trio saiu da Praça XV e foi até a Cinelândia. No caminho, encontraram uma fogueira feita com objetos saqueados. Lá, pegaram uma pequena bolsa para "guardar de recordação":
- Não houve furto. Os policiais falaram que nos viram na loja, participando do saque, mas isso não é verdade. Encontramos a bolsa no chão.
Alexandre não chegou a ser preso.
Na mesma ação, até um morador de rua chegou a ser preso. Nilton Romão dos Santos, de 24 anos, que vive sob a Perimetral, seguia para uma barraca de cachorro-quente. Ele compraria um lanche para a mulher, grávida de quatro meses, quando foi preso. Advogados e alguns manifestantes se cotizaram e pagaram a fiança de Nilton, no valor de R$ 700.
Em nota, o reitor em exercício da UFF, Sidney Mello, informou que prestará apoio aos estudantes presos. Leia a íntegra do informe:
“O Brasil vive dias de intensas mobilizações, com milhares de pessoas indo às ruas para se manifestar contra o aumento abusivo das tarifas de ônibus urbano e barcas. A Universidade Federal Fluminense reconhece tais manifestações como democráticas e legítimas, desde que sejam ordeiras, como a grande maioria dos participantes vem demostrando em todo o país.
Infelizmente, há excessos cometidos por parte da polícia e por uma minoria dos manifestantes, o que resultou em eventuais prisões, inclusive de alguns estudantes da UFF. A universidade se coloca à disposição desses estudantes e de seus familiares para prestar a assistência jurídica necessária.
A UFF se solidariza com os estudantes e suas representações, garantindo assim o espaço necessário para o fortalecimento da democracia, em busca de transformações sociais cada vez mais inclusivas.“

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