Troco dado – O fato de a CPI do Cachoeira ter aprovado, nesta
quinta-feira (5), a convocação de Fernando Cavendish, dono da Delta
Construção, esparramou preocupação entre os petistas palacianos, pois a
empreiteira que misteriosamente mais cresceu na era Lula é detentora do
maior número de contratos do Programa de Aceleração do Crescimento, o
pirotécnico PAC. Fora isso, a empresa de Cavendish pode ter funcionado
como a cornucópia que custeou muitas das incursões do contraventor
Carlinhos Cachoeira no universo político, beneficiando principalmente
“companheiros” e aliados, não sem antes ter despejado dinheiro em
campanhas do Partido dos Trabalhadores e de outras legendas.
Mesmo com o notório desconforto que passou a reinar no Planalto nas
últimas horas, a luz vermelha acendeu com maior intensidade no Palácio
Guanabara, sede do Executivo fluminense, onde o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) já começa a se movimentar para escapar do olho do furacão.
Amigo de Cavendish, o governador do Rio tem muito mais a se preocupar
do que com as eventuais ilicitudes em contratos do Estado com a Delta
Construção. As farras patrocinadas por Fernando Cavendish em Paris e
outras badaladas cidades europeias, da qual participaram Cabral Filho e
alguns dos seus secretários, só chegaram ao conhecimento público por
causa de um detalhe sórdido, segundo apurou a reportagem do ucho.info.
Trata-se de um caso de traição conjugal, comentado com muito cuidado
nos bastidores do poder, envolvendo um homem que teve a então mulher
abduzida por um dos participantes das farras de Cavendish no Velho
Mundo. À época, o então futuro traído participou das festas e registrou
as imagens das algazarras acabaram na rede mundial de computadores. Um
dos políticos que participaram das festas, que na ocasião estava
separado da esposa, acabou se encantando com a mulher do homem que
mostrou ao Brasil os regabofes oferecidos a Cabral Filho e seus
comparsas pelo dono da Delta.
A decisão de trazer o assunto à tona surgiu depois que um
helicóptero, com convidados para a festa de aniversário de Cavendish,
caiu no Sul da Bahia, matando alguns dos seus ocupantes. O tema é
proibido no Palácio Guanabara e não consegue atravessar o portão de
entrada do Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador
fluminense. Quem acompanha o cotidiano da política nacional não terá
dificuldades para unir os fatos e chegar a alguma conclusão. Até porque,
não foi esse Cabral que descobriu o Brasil!
Eu acho que já tá mais do que provado que o Cabral não tem nada a ver com a CPI do Cachoeira. Ele não tem porque temer a quebra de sigilo da Delta, afinal não tem nenhuma gravação sequer que prove que ele esteja envolvido. Sem falar que o trabalho dele não tem nada a ver com as suspeitas sobre a Delta.
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