Rua Rainha Guilhermina quase esquina com Rua Ataulfo de Paiva
Pezão tem reclamado da vida com políticos amigos. Queixa-se igual a
Cabral que não pode mais sair de casa no Leblon para ir a um restaurante
com a mulher (colecionadora de jóias dadas por ele, mas que foram roubadas em assalto no ano passado). Aqui para nós, colecionar jóias não
é um exemplo de humildade! Pezão também reclama que agora não pode ir
ao fim-de-semana de helicóptero para Piraí porque a imprensa está em
cima. Ah, coitado! E não esconde que está morrendo de medo que a ALERJ
abra a CPI das Obras da Serra, afinal ele comandou as obras, e
consequentemente vai ter que responder pelo desvio das verbas. Sabe que
se a CPI for fundo vai acabar sendo processado no Supremo e pode
terminar atrás das grades.
Mas para melhorar o astral de Pezão vou lembrá-lo de uma vantagem no
meio da história. Por um lado ele está melhor do que Cabral, que aonde
vai é recebido com protestos e vaias, em qualquer lugar. Acho que vocês
vão concordar comigo. Realmente sair no Leblon está complicado para
Pezão, todo mundo o conhece e sabe que pode ouvir vaias, protestos e até
xingamentos. Na região de Piraí, onde foi prefeito, como também sua
figura é conhecida pode acontecer a mesma coisa.
Porém se for para a Baixada, a Zona Norte, a Zona Oeste pode levar
tranquilamente sua mulher para almoçar fora, afinal ninguém sabe quem
ele é. Nessas regiões não passa de um ilustre desconhecido, é só ninguém
falar alto o nome dele, aí provavelmente o almoço pode terminar em
indigestão. Ah, esqueci, Pezão hoje diz que é um homem refinado como
Cabral, só come em restaurantes renomados, não vai querer frequentar um
restaurante do subúrbio ou da Baixada, lá não vai encontrar seu prato
predileto: lagosta. Bem, nesse caso o melhor é Pezão ficar mesmo em casa
e fazer como Cabral e pedir quentinhas do Antiquarius.
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