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sexta-feira, 18 de março de 2011

Emperradas as obras da nova Maternidade Praça XV

Enquanto as novas instalações não ficam prontas, pacientes padecem com falta de profissionais e estrutura.

Inaugurada há mais de 30 anos, a Maternidade Praça XV foi pioneira em várias propostas político-sociais das últimas três décadas, entre elas um dos primeiros bancos de leite do município, a humanização do parto, com a introdução do curso de gestantes e pais, além do alojamento conjunto. Mas ao longo dos últimos anos, a unidade enfreta problemas com falta de estrutura e de profissionais.

“Há mais de um ano a Maternidade Oswaldo Nazareth, sofre com a falta de pediatras, obstetras e anestesistas, fora os problemas estruturais”, afirma Jorge Darze, presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro. Diante desse déficit, a situação do atendimento materno é grave e ainda segundo Darze, “as mães não conseguem ao menos fazer as seis consultas mínimas do Pré-Natal, segundo estatísticas do SUS”, conclui.

Para a deputada Janira Rocha, membro da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o que está acontecendo com a Saúde Pública não é por acaso. “É como a Prefeitura está tratando a saúde como um todo”.
Há também falta de 32 pediatras (neonatologistas), 23 obstetras, além de anestesistas, radiologistas e psiquiatras, e carência de outros profissionais de saúde como fisioterapeutas, psicólogos e mais de 20 enfermeiros. Desde junho de 2009, a maternidade tem funcionado com cerca de 70% da sua capacidade em função da redução dos contratos de prestação de serviço terceirizados.
Depois de várias ações do Ministério Público e do pedido de retomada da Marinha do prédio onde funciona a maternidade, na Praça XV, o Governo decidiu levar adiante o projeto de construção de novas instalações, na Rua Moncorvo Filho, ao lado do Hospital Souza Aguiar, iniciado em 2002, ainda no governo César Maia. Mas até hoje não foi concluído.
No últmo mês, a Prefeitura diz ter retomado a obra, mas até agora apenas novos andaimes e placas foram fixados na frente da obra. Nas placas, o valor da obra, orçada em mais e 13 bilhões, e o prazo de conclusão de 12 meses, mas nenhuma informação de que neste valor já esteja incluído o que foi gasto ao longo dos últimos anos.
Em 2010, a RioUrbe, empresa responsável pelas obras públicas municipais, anunciou que retomaria os trabalhos, com previsão de gasatos na casa dos R$ 12 milhões.
Para os moradores do Centro, o governo atual está repetindo os erros dos anteriores. “Toda hora você vê na TV cobrança pelas conclusão da Cidade da Música, mas na Maternidade ninguém fala”, desbafa a moradora Regina Célia de Castro.Parece jogo dos sete erros, mas não é. Alegando ter retomado as obras, Prefeitura colocou andaimes e placas novas, mas a foto menor, feita exatamanete há um ano, mostra que não houve avanço Localização privilegiada e obras paradas
Há mais de oito anos o sonho de ter um hospital maternidade modelo deixa de ser prioridade para o governo.
O terreno onde a construção foi iniciada localiza-se na Rua Moncorvo Filho, ao lado do Hospital Sousa Aguiar. Uma ótima localização junto ao Campo de Santana, Av. Presidente Vargas e Central do Brasil, dispondo de fácil acesso a linha de ônibus, metrô e trens para todos os pontos da cidade. Mas a nova sede da maternidade ainda é um mito.
As instalações grandiosas, de seis mil metros quadrados dariam lugar a 22 enfermarias de quatro leitos, UTI Neonatal, centro obstétrico, ambulatório para atendimento pré e pós parto, e demais dependências, segundo projeto elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde, um verdadeiro hospital dos sonhos que ainda não virou realidade. O que foi informado até o momento pela Secretária de Saúde é que as obras, desenvolvidas pela Empresa Rio Urbe, “encontram-se em andamento”.

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