Côrtes quer fugir do país
Em seu Blog, o deputado Antonio Garotinho (PR-RJ) denuncia que o
secretário estadual de Saúde e integrante da Gangue dos Guardanapos,
Sérgio Côrtes, entrou na Justiça para mudar de nome, e já anunciou que
em dezembro deixa o cargo.
“Dizem que vai passar uma temporada nos Estados Unidos porque estaria
com medo da Polícia Federal e da Justiça”, diz Garotinho, acrescentando
que, mesmo prestes a deixar o poder, Côrtes continua a fazer armações
com o dinheiro público.
“Vejam vocês que ele pretende construir uma UPA no Maracanã só para a
Copa e as Olimpíadas, com direito a centro cirúrgico” denuncia o
ex-governador, lembrando que a duzentos metros do estádio do Maracanã
existe o Hospital Pedro Ernesto, que pertence à UERJ, é do Estado.
“O hospital precisa de reformas urgentes, ainda mais depois do
incêndio que atingiu uma parte do prédio este ano. Em vez de torrar
dinheiro para uma UPA para a Copa e as Olimpíadas, deveria era investir
no Hospital Pedro Ernesto, isso sim seria um legado para o Rio de
Janeiro. Essa UPA só vai servir para desviar mais dinheiro”, acusa o
deputado do PR.
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LARANJA DA DELTA
Garotinho também deita e rola divulgando as novas denúncias da Veja,
sobre dados da CPI do Cachoeira, mostrandom que o contínuo Bruno
Estefânio de Freitas, laranja da construtora Delta no Rio de Janeiro,
aparece como recebedor de pelo menos 174 milhões de reais da empresa só
em 2011.
Os recursos eram destinadas à MB Serviços de Terraplanagem, empresa
localizada em Saquarema, no litoral fluminense, que é parte de mais um
tentáculo da organização criminosa comandada pelo contraventor no Rio de
Janeiro. Antes, sabia-se apenas que a MB recebera 33 milhões no ano
passado – quantia pequena diante do fluxo de dinheiro destinado ao
estado em 2011.
O contínuo Bruno é peça-chave na rede de laranjas e fantasmas. Ele
consta como sócio da MB, empresa que tem apenas a Delta de Fernando
Cavendish como cliente, apesar de ter apenas 20 anos e estar
desempregado. Vive, conforme VEJA mostrou na semana passada, em um
condomínio fechado em Jacarepaguá, onde permanece sob escolta de
seguranças.
O laranja entrou no radar da CPI há semanas, mas nunca teve sua
convocação aprovada. Não há interesse na ala governista da comissão em
aprofundar as apurações sobre os laços de Cachoeira e da Delta com
autoridades do Rio. Mais: o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo
(PMDB-PB), tem afirmado a colegas que a etapa de depoimentos – quase
todos infrutíferos – terminou. Uma vez retomados os trabalhos, o que
deverá acontecer apenas em outubro, integrantes da oposição tentarão
ouvir Bruno no Congresso.
VEJA revelou em julho que Bruno entrara no radar do Conselho de
Controle e Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, ao
tentar sacar, de uma só vez, 5 milhões de reais numa agência bancária na
Barra da Tijuca. O contínuo é sócio da MB junto com Marcelo Astuto,
parceiro de Horácio Pires Adão, processado em 2005 com Cavendish por
fraudes no fundo de pensão de funcionários da Cedae, empresa de águas e
esgoto do Rio.
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