Salário de cargo que ex-ministro ocupa no BNDES é de 6 000 reais mensais
Treze meses após deixar o Ministério do Trabalho, o pedetista Carlos
Lupi ainda é o representante oficial da pasta no Conselho de
Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES). O grupo se reúne trimestralmente para tomar decisões cruciais
sobre o rumo do banco público.
Lupi perdeu o cargo
em dezembro de 2011, depois de uma longa série de denúncias que
incluíram acusações de desvios em contratos da pasta e a revelação de
que o então ministro ocupou dois cargos públicos simultaneamente, o que é
proibido. Mas a presidente Dilma Rousseff ainda não indicou o
substituto dele no conselho do BNDES. A escolha natural seria por
Brizola Neto, o atual ministro do Trabalho.
Em junho do ano passado, o Ministério do Trabalho enviou um ofício ao
Ministério do Desenvolvimento pedindo a substituição de Lupi por Brizola
Neto. Mas a solicitação não deu resultados. Ao site de VEJA, o
Ministério do Desenvolvimento informou que ainda está resolvendo a
questão. Cabe à pasta formalizar o pedido de substituição à Presidência
da República.
A assessoria de imprensa do BNDES informou ao site de VEJA que Carlos
Lupi já não participa das reuniões e nem recebe o pagamento pelas
atividades do Conselho de Administração – 18 000 reais a cada três
meses. Ainda assim, ele segue integrando o quadro de conselheiros do
banco.
Ao jornal Folha de S. Paulo, que revelou o caso, Lupi contou
uma história diferente. "Como eu era indicado pela Presidência da
República, enquanto não me tirar, eu estou lá. Se for da confiança dela,
permaneço". O ministro não atendeu as ligações do site de VEJA.
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