Policiais militares reprimiram manifestantes que protestavam contra o governador Sérgio Cabral (PMDB) durante o ato "Veta,
Dilma", no centro do Rio, convocado pelo governo do Estado. Houve briga
entre manifestantes pró e contra Cabral. A confusão começou no
cruzamento da Avenida Rio Branco com a Rua Evaristo da Veiga, e houve
correria até a escada do Theatro Municipal.
PMs usaram cassetetes
para dispersar manifestantes anti Cabral. A fotógrafa Katja Schiliró, de
46 anos, chegou a ser conduzida por policiais. Katja havia puxado o
boné do capitão Marcelo Alves, em protesto, disse ela, contra a
truculência policial. "Foi uma reação. O policial arrancou os óculos de
um manifestante e eu protestei. Minha intenção não está certa, mas foi
uma truculência tão grande que não aguentei", contou a fotógrafa.
Acusada de desacato, ela acabou sendo liberada pelo PM, após a
intervenção de um deputado estadual do PT, disse Katja. "O que vou fazer
com um óculos? Graças a Deus enxergo muito bem. Expliquei que o que ela
fez está errado e liberei ela", contou o capitão Alves.
A fotógrafa estava junto a um grupo que protestava contra a
demolição, prevista nas obras de reforma do Maracanã para a Copa do
prédio centenário que abrigou o Museu do Índio. O professor de história
da rede estadual Douglas Luddens disse que foi agredido por um
manifestante pró-Cabral. Durante a correria, um policial gritou para
ele: "Vaza daqui." A atriz e dubladora Mônica Bello contou que teve um
cartaz rasgado por um manifestante do grupo convocado para a
manifestação oficial. Ela disse que, em seguida, arrancou a bandeira do
homem que havia rasgado o seu cartaz. "A PM já chegou cercando a gente,
com cassetetes, e empurrando."
A ação policial dispersou os manifestantes desse grupo, que gritavam
"Fora, Cabral." Nos cartazes: "Injustiça é milícia e corrupção na
polícia", "Royalties para quem?", "Cabral, respeite a aldeia Maracanã".
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