Aproveitando uma interessante reportagem de O Globo, assinada por Fabio Vasconcellos e Sergio Roxo, circula na internet uma brincadeira com o governador Sergio Cabral que na verdade expõe uma revoltante realidade. Sua Excelência SEMPRE se esconde quando ocorre algum grave problema no Estado do Rio.
A crítica a Sérgio Cabral é um cartaz do velho Oeste, com aquelas letras características, e o título de PROCURA-SE. O texto diz que ele está FORAGIDO, tendo fugido para Mangaratiba (onde possuiu uma mansão hollywoodiana, comprada com os modestos rendimentos de homem público) ou para Paris, onde costuma espairecer. E em anexo segue a reportagem de O Globo, publicada dia 16.
O texto, sobre o mar de lama na Polícia estadual, destaca que “mais uma vez o governador estava ausente num momento de crise. Que o governador Sergio Cabral gosta de viajar, até as colunas do Palácio Guanabara sabem. Mas o que vem se confirmando nos últimos anos é a coincidência de sua ausência toda vez que o governo passa por alguma crise. Desta vez Cabral estava fora do Rio após a Operação Guilhotina da Polícia Federal, realizada na sexta-feira e que acabou desencadeando a troca de comando na Chefia da Polícia Civil”.
A reportagem-denúncia é excelente, muito bem redigida, exibe a fraqueza e a covardia do governador, que costuma tirar onda de machão e recentemente deu declarações dizendo: “Disse aos traficantes que eles tinham 48 horas para abandonar as favelas do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho”.
Na época, perguntei aqui no blog: “O governador disse isso a que traficante? Falou cara-a-cara ou usou algum intermediário? Se usou intermediário, qual é a autoridade do governo estadual que se relaciona com os traficantes?”
Depois viemos a saber que o intermediário foi o ‘dono’ do AfroReggae, que tem celebrado, em nome do governador, o acordo com os mais diversos grupos de traficantes. O acordo é o seguinte: não há mais confronto com a polícia nem balas perdida, não há mais dominação de favelas, e em contrapartida a Polícia não prende ninguém, os traficantes podem fazer seu “movimento” à vontade, desde que discretamente e usando motoboys.
Bem, vamos voltar ao admirável do PROCURA-SE: “Um dos momentos mais difíceis do governo ocorreu em janeiro quando as chuvas destruíram nas cidades da Região Serrana. Na época, o governador também estava fora, em viagem pela Europa. Só apareceu dois dias depois. Outro caso aconteceu na enxurrada que destruiu casas e fez muitas vítimas na virada do ano para 2010 em Angra dos Reis: o governador só apareceu dois dias depois”.
Detalhe que acrescentamos: na tragédia de Angra dos Reis e Ilha Grande, o governador estava pertinho, em Mangaratiba, repousando em sua mansão à beira-mar plantada. Outro detalhe: no cartaz que circula na internet, ficou faltando a RECOMPENSA para quem encontrar o governador fujão. A meu ver, a recompensa deveria ser a seguinte; “Quem o encontrar, deve livrar-se dele o mais rápido possível”.
Carlos Newton
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