Personagem que ganhou uma ficha vistosa nos corredores da justiça por acusação de fraude em licitação pública, o ex-subsecretário Executivo da Secretaria de Estado de Saúde, César Romero Vianna Júnior, agora enfrenta problemas com a Lei Maria da Penha.
Na última terça-feira ele compareceu ao plantão da 82ª Delegacia de Itaipu, Niterói, para responder por agressões praticadas contra a ex-esposa Simone Pina Vianna dentro de sua casa, em Itaipu.
No Boletim de Ocorrências (01274/0081/2011), Simone narra que a fúria do seu ex é decorrente de uma proposta mal resolvida na divisão de bens. Eles estão em fase de divórcio e Romero quer sua assinatura num documento de separação consensual. Até aí tudo bem, mas o bicho pega é na divisão do espólio. O documento que Romero levou à casa da ex-esposa em Itaipu só menciona alguns. Os que não estariam devidamente declarados ficaram de fora. A mulher que sabe de tudo e mais um pouco disse que não assinava e nem assina.
Ela narrou que o homem estava possesso, a ponto de trancá-la num quarto para agredi-la a socos no olho. O resultado desta fúria foi comprovado nos exames: desvio de septo nasal, um dedo do pé quebrado e várias lesões pelo corpo. Ele nega tudo. Disse que visitou a ex-esposa porque ela o chamou por meio de uma ligação para o seu celular.
César Romero é primo de Verônica Vianna, esposa do atual Secretário de Estado de Saúde, Sérgio Côrtes. Eles andam juntos e misturados desde os tempos em que ocupavam cargo no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO). Portanto, é homem de confiança do czar da saúde fluminense.
Ele responde a seis processos contra a administração pública, sendo dois criminais e quatro por improbidade administrativa, por suspeitas de fraudar licitações durante a ocupação do cargo público. Os processos estão na 9ª e 19ª Vara Criminal e 4ª Vara Federal Pública.
Em Niterói ele continua desfilando como O Cara. Atualmente mora numa mansão localizada em Itacoatiara, bairro nobre.
Na trilha de Romero
A 4ª Vara de Fazenda Pública abriu processo para julgar o ex-subsecretário executivo da Secretaria estadual de Saúde (Sesdec), Cesar Romero Vianna Júnior, dois funcionários da secretaria e as empresas Toesa Service, Scar Rio e Multi Service por improbidade administrativa.
Eles são acusados pelo Ministério Público estadual de fraudar a licitação que contratou, no ano passado, a Toesa para fazer a manutenção de 111 ambulâncias. Os preços do negócio estariam superfaturados.
Segundo o MP, o contrato provocou um prejuízo de R$ 2,6 milhões aos cofres do Estado. Na ação civil pública, os promotores pediram o ressarcimento do dinheiro e que a Toesa fique proibida de firmar contratos com o poder público por cinco anos.
ROBERTO BARBOSA
ROBERTO BARBOSA
Nenhum comentário:
Postar um comentário