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terça-feira, 3 de maio de 2011

Imagens da TV mostram só ‘um pouco’ da realidade no Rocha Faria, diz servidora




As imagens de pacientes sendo atendidos no corredor e do desespero de pacientes sem atendimento, divulgadas pelo jornal regional da Rede Globo na noite de segunda-feira (2), são apenas “um pouco da realidade do que acontece no Rocha Faria” no dia-a-dia. É o que afirma a servidora Clara Fonseca, presidenta da associação dos funcionários do hospital e diretora do Sindsprev-RJ.

“Aquilo é direto e a imagem nem é tanta gente não, tem dias que você não consegue passar no corredor, tem que dar a volta”, diz a servidora, referindo-se às dezenas de pacientes em macas no corredor da Emergência, exibidas no RJ TV e obtidas através de uma câmara escondida. “As macas das ambulâncias, e as ambulâncias, ficam presas no hospital”, diz sobre algo também denunciado pela reportagem e que acontece porque faltam leitos e mesmo macas na unidade para atender à demanda de pacientes.

Segundo Clara, é provável que nesta terça-feira (3) o secretário estadual de Saúde, Sergio Cortez, visite o hospital tentando explicar o que é inexplicável – a falta de investimento na saúde pública - e responsabilizar servidores pelos problemas. “Mesmo com os funcionários transferidos do Pedro II, não se consegue dar conta”, disse, ao afirmar que os trabalhadores estão sobrecarregados.

Os seis meses de fechamento do Hospital Pedro II, em Santa Cruz, vêm sobrecarregando as demais unidades da Zona Oeste, entre elas o Rocha Faria, que fica em Campo Grande. O Pedro II foi fechado no mesmo dia de um princípio de incêndio na subestação de energia da unidade, sob protesto de servidores e do Sindsprev-RJ e com a promessa do governo estadual de que entraria em obras e seria reaberto em até seis meses. Posteriormente, a gestão do hospital foi transferida para a Prefeitura do Rio, em meio a denúncias de que se tratava de uma manobra para privatizá-lo – e que, na avaliação da dirigente do sindicato, tem como ser reaberto a qualquer momento. Passados seis meses, as obras nem sequer começaram.

SINDSPREV

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