er

er

terça-feira, 26 de julho de 2011

As UPPs de Cabral parecem 'cobertor curto'

Toda vez que o Governo do Estado Rio de Janeiro instala uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), o governador Sérgio Cabral manda ligar todos os holofotes e faz com que as trombetas soem em alto e bom som. Para todos, trata-se de medida de alto teor social - e é mesmo -, pois as comunidades beneficiadas passam a contar com outro tipo de vida, sem a presença do poder paralelo que existia no local, sempre comandado por traficantes de drogas. Sai o Estado paralelo e entra o Estado oficial. Muda, de uma hora para outra, a qualidade de vida dos moradores e a paz passa a reinar. A eficiência da política de segurança do Governo Sérgio Cabral é enaltecida em todo o País;

Acontece que alguns reparos necessitam ser feitos. Quando uma UPP está para ser instalada, o Governo do Estado anuncia a data com grande antecedência. Parece que manda um aviso aos traficantes e/ou milicianos que dominam a área: "Por favor, retirem-se porque estamos chegando com uma UPP nesta comunidade. Procurem outro lugar para se instalarem para manter seus negócios". É o que parece. Não há nenhuma notícia de que aqueles que até então dominam a área estejam antecipadamente sendo presos, pois são criminosos conhecidos. Eles simplesmente mudam de lugar. O que na realidade existe é uma grande jogava de mídia, divulgando-se apenas o lado positivo da chegada de uma UPP em alguma favela dominada por traficantes;

Para onde estão indo os bandidos? Certamente para locais onde ainda não foi implantada e política de segurança do Estado. Um dos pontos que imediatamente estão sendo ocupados pelos traficantes é justamente a Baixada Fluminense. O 'Jornal de Hoje', de Nova Iguaçu, relata que nada menos 18 pessoas foram roubadas em diferentes pontos daquele município por uma mesma quadrilha.Também em Nilópolis há relato de que no bairro de Chatuba, tão divulgado pelo cantor Dicró, já são vistos bandidos andando armados pelas ruas, e não é tarde da noite;

A continuar este tipo de ação, o Estado do Rio estará praticando a política do 'cobertor curto', cobrindo a cabeça - as favelas - e deixando de fora os pés - a Baixada Fluminense. Na Re3gião dos Lagos também estão sendo registrados diversos casos de assaltos que antes não aconteciam. Portanto, é hora de Sérgio Cabral começar a pensar numa outra forma de garantir segurança a toda população do Estado e não apenas se beneficiar politicamente de ações isoladas, que poderão lhe dar votos futuramente, mas que deixarão muitos cidadãos à mercê de bandidos.

Nilópolis - Rio de Janeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário