Os governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o dono da revista semanal Veja, Roberto Civita, além do senador Demóstenes Torres (sem partido) deversão ser ouvidos pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar as ligações que manteriam com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Segundo informações do jornal Correio do Brasil, Roberto Civita deverá ser convocado para explicar os cerca de 200 telefonemas trocados entre o redator-chefe da revista em Brasília, Policarpo Júnior, e o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
A CPI também deverá investigar os engavetamentos de investigações pelo Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, e as relações entre Demóstenes Torres e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
Nos grampos efetuados pela PF e vazados para a imprensa, aparecem telefonemas de Cachoeira para Policarpo Júnior que levantam suspeitas de que o bicheiro encomendava matérias de seu interesse para o favorecer nos negócios ou prejudicar seus inimigos.
O dono da empreiteira Delta, Fernando Cavendish, também está na lista dos possíveis convocados para depor na CPMI do Cachoeira. Ele é amigo pessoal dos governadores Marconi Perillo (Goiás) e Sérgio Cabral Filho (Rio de Janeiro), responsáveis pela liberação de recursos milionários para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em seus Estados.
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, reafirmou a intenção do governo de investigar todas as denúncias que envolvem a Delta Construções, maior empreiteira do PAC, e corrigir eventuais irregularidades. A empreiteira é citada na Operação Monte Carlo, que prendeu o bicheiro Cachoeira.
A Secretaria-Geral da Mesa do Senado já entregou ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a composição com os nomes dos integrantes da CPMI do Cachoeira. Caberão ao bloco de apoio ao governo – que inclui PT, PCdoB, PSB, PDT e PRB – cinco indicações de membros titulares.
Ao bloco da maioria – composto exclusivamente pelo PMDB – caberão mais cinco indicações de membros. Ao bloco da minoria, formado no Senado por PSDB e DEM, serão destinadas três vagas. O novo bloco União e Força, formado por PR, PSC e PTB, terá direito a duas vagas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário