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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Hospitais do Rio perdem mais de cem médicos

A direção do Hospital do Andaraí (Zona Norte), teve que dispensar nesta terça-feira 42 médicos de sua equipe, informou a Comissão de Saúde Pública do Conselho Regional de Medicina (Cremerj). Segundo o presidente do sindicato dos médicos, Jorge Darze, na rede de hospitais federais do Rio, o total de baixas chega a 106. Todos estavam em regime de contrato temporário, forma que vinha sendo questionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Darze diz não questionar a legalidade da decisão, mas teme pelas consequências que o término repentino do contrato possa trazer ao atendimento do público.

– É irresponsabilidade retirar da rede federal, abruptamente, 106 médicos sem levar em conta que o trabalho deles repercute no atendimento à população – avalia Darze. – O setor de emergência do Hospital de Bonsucesso vai ficar muito prejudicado. Cerca de 30% dos médicos que fazem transplante de fígado foram desligados. Isso praticamente paralisa esse tipo de cirurgia lá. No Hospital do Andaraí, o CTI será o setor mais atingido.

Darze explica que o TCU considerou ilegal que o segundo vínculo dos médicos fosse feito por contrato temporário. Todos os profissionais dispensados são estatutários, prossegue Darze, e trabalham 20 horas semanais. Para que estendessem a jornada por mais 20 horas, optou-se por essa forma de vínculo empregatício.

– O contrato temporário não pode ser política permanente de recursos humanos. Ele supre um déficit de profissionais para não prejudicar a população – pondera o sindicalista. – Mas a dispensa imediata desses profissionais vai causar exatamente o que se tentou evitar com a contratação deles: a falta de médicos. Estamos negociando com o Ministério da Saúde para que se estenda o prazo das dispensas até 10 de janeiro, para que até esta data se convoque um concurso público.

JB

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