– É irresponsabilidade retirar da rede federal, abruptamente, 106 médicos sem levar em conta que o trabalho deles repercute no atendimento à população – avalia Darze. – O setor de emergência do Hospital de Bonsucesso vai ficar muito prejudicado. Cerca de 30% dos médicos que fazem transplante de fígado foram desligados. Isso praticamente paralisa esse tipo de cirurgia lá. No Hospital do Andaraí, o CTI será o setor mais atingido.
Darze explica que o TCU considerou ilegal que o segundo vínculo dos médicos fosse feito por contrato temporário. Todos os profissionais dispensados são estatutários, prossegue Darze, e trabalham 20 horas semanais. Para que estendessem a jornada por mais 20 horas, optou-se por essa forma de vínculo empregatício.
– O contrato temporário não pode ser política permanente de recursos humanos. Ele supre um déficit de profissionais para não prejudicar a população – pondera o sindicalista. – Mas a dispensa imediata desses profissionais vai causar exatamente o que se tentou evitar com a contratação deles: a falta de médicos. Estamos negociando com o Ministério da Saúde para que se estenda o prazo das dispensas até 10 de janeiro, para que até esta data se convoque um concurso público.
Nenhum comentário:
Postar um comentário