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quinta-feira, 29 de março de 2012

Vereadores em pé de guerra

Parlamentares defendem punição de colega, caso ela não prove acusações contra Locanty
A polêmica continua rodeando a Locanty — uma das quatro empresas cujos funcionários foram flagrados pelo "Fantástico" negociando propinas. Ontem, chegou ao Conselho de Ética da Câmara do Rio um processo contra a vereadora Teresa Bergher (PSDB). No documento, quatro vereadoras — que faziam parte da Mesa Diretora da Câmara em 2007 — pedem que a parlamentar seja punida, caso não prove suspeitas levantadas em relação a dois contratos firmados entre a Locanty e o Legislativo naquele ano.

A desconfiança de Teresa é porque, em 2007, depois de a Locanty entrar na Justiça contra o resultado de uma licitação que a desabilitou para prestar serviços de limpeza na Câmara, a empresa foi contratada emergencialmente pela Mesa Diretora. O contrato temporário iria de junho a dezembro. No entanto, em setembro, a Justiça garantiu a vitória, na licitação até então sob judice, à Locanty. Em outubro, antes do fim do acordo emergência], começou a vigorar o contrato relativo à licitação. No fim do ano passado, Teresa fez um requerimento de informações sobre todos os vínculos da Casa com a Locanty. Na resposta da Mesa Diretora, não havia dados que provassem que, entre outubro c dezembro, não houve pagamento nos dois contratos.
— Até agora, não consegui ver esse documento — diz.

Desconfiança

Acontece que Teresa é, atualmente, a presidente do Conselho de Ética. Por isso, os vereadores Aloísio de Freitas (PSD), Jorge Pereira (PT do B), Luiz Carlos Ramos (PSDC) e Sebastião Ferraz (PMDB) requisitaram também o afastamento dela do cargo. Os parlamentares eram responsáveis, na época, por assinar contratos na Casa. — Também pedi o meu afastamento do Conselho de Ética, do qual sou membro. Se o que a Teresa falou for verdade, se é isso que saiu na televisão (a suspeita chegou a ser veiculada no "RJ-TV"), eu quero ser punido. Tem que provar — diz Sebastião Ferraz, que, porém, afirma não ter visto a tal reportagem. Ele foi o único dos quatro parlamentares que foi encontrado para falar do assunto.

— A única coisa que eu fiz j foi exigir transparência — diz Teresa Bergher.
A Câmara informou que a Comissão de Finanças e Orçamento da Casa está analisando as suspeitas de Teresa.

JORNAL EXTRA

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