Esta semana, ouvi na Band News FM-RJ, um taxista narrar que, em serviço a uma oficial de Justiça, ao entrar na rua Baronesa de Guararema, Morro da Coroa, Rio de Janeiro, área ocupada por UPP, teve seu carro cercado por cinco homens fortemente armados, que não eram policiais e o obrigaram a sair do veículo para, em seguida, revistá-lo e inquiri-lo sobre o que fazia ali. O motorista se passou por Assistente Social e foi advertido a se retirar do local.
Este ato vem ratificar outros crimes que estão ocorrendo em áreas ocupadas pelas UPPs, cuja maioria está vinculada ao tráfico de tóxicos. O general Carlos Sarmento, que foi responsável por toda operação de segurança no Complexo do Alemão e no Complexo da Penha, admitiu recentemente que, após nove meses de ocupação pelas Forças Armadas, ainda existe tráfico de drogas na região.
“É impossível acabar com o tráfico, porque tem os ‘órfãos’ que trabalhavam para o tráfico e também os ‘órfãos’ dependentes de drogas. A gente ainda identifica um pequeno tráfico dentro das comunidades, para atender esse consumo. Mas não mais um depósito. Ali não é mais a base logística do tráfico.”
Na verdade, os verdadeiros chefões do tráfico não moram nas favelas e o Sergio UPPs Cabral sabe disso. Na Barra da Tijuca, por exemplo, moram alguns criminosos da elite: juízes, desembargadores, políticos, policiais, etc. Todavia, nenhuma força policial é enviada para revistar alguns condomínios suspeitos. Na verdade, o pé de chinelo da favela é uma vítima do narcotráfico, pois as armas e as drogas não nascem nas favelas, eles são oriundas, inclusive, de outros países.
Talvez eu esteja enganado, mas no meu entender o tóxico começou a ser difundido no Rio de Janeiro, antigo Estado da Guanabara, depois que alguns militares vieram viciados e trouxeram as drogas do Canal de Suez, para onde o Brasil enviou tropas para ajudar na defesa daquela travessia e, consequentemente, espalhou-se pela cidade, após o golpe militar de 1964.
Helio Fernandes denunciou aqui no blog que a criação das UPPs embutiu um acordo entre Sergio Cabral e os traficantes, nos seguintes termos: o governo instalava o posto policial na favela, os traficantes não reagiam, mas em contrapartida podiam continuar vendendo drogas tranquilamente, desde que não houvesse estardalhaço. E foi o que aconteceu, agora se sabe com certeza. Por isso jamais houve reação, enfrentamento ou prisão de traficantes na instalação de nenhuma UPP.
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