A Polícia Federal vai instaurar inquéritos para investigar a suposta prática de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro por parte dos policiais civis e advogados envolvidos na tumultuada prisão do traficante Nem, na semana passada. Serão investigados o delegado da 82ª DP (Maricá), Roberto Gomes Nunes, o inspetor Mussi, da mesma delegacia, e o inspetor Figueiredo, da Subchefia Operacional da Polícia Civil. Eles tentaram levar o bandido para a 15ª DP (Gávea), e não para a sede da PF, como queriam os PMs do Batalhão de Choque que prenderam o traficante.
O inquérito da PF vai correr paralelamente ao aberto pela Corregedoria da Polícia Civil para apurar o caso. Semana passada, o delegado Fernando Veloso, subchefe operacional da Polícia, afirmou que havia uma negociação com os advogados de Nem para que ele se entregasse.
Punição vai de advertência a expulsão
O Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ) suspendeu preventivamente na quinta-feira os três advogados flagrados levando o traficante. Os 60 integrantes do tribunal foram unânimes na decisão, que impede o exercício da profissão pelo prazo de 90 dias. Segundo o vice-presidente da OAB-RJ, Sérgio Fisher, os três estão sendo submetidos a um processo disciplinar pelo conselho pleno da entidade, que decidirá a punição a ser aplicada a eles. Ela vai de uma advertência até a expulsão dos quadros da entidade.
O conselho é formado por 80 pessoas que estão analisando cada caso. Fisher informou que se o processo administrativo não tiver sido concluído em 90 dias a suspensão é encerrada.
— Nenhum deles mandou representantes para o tribunal. Agora, eles têm direito a ampla defesa, que poderá ser feita durante o processo administrativo — explicou o vice-presidente da OAB-RJ.
Dos três, o único que está em liberdade é André Luís Soares Cruz, que se apresentou como cônsul honorário da República Democrática do Congo e foi autuado na Polícia Federal por favorecimento pessoal. Seu pai, Demóstenes Cruz e Luiz Carlos Cavalcante Azenha (advogado de Nem) estão presos em Bangu 8 por corrupção ativa.
O presidente do Conselho Nacional dos Peritos Judiciais, José Ricardo Rocha Bandeira, decidiu suspender André Cruz e Demóstenes Cruz dos cargos de diretor jurídico e auxiliar jurídico, respectivamente.
Traficante no Fórum atrai oficiais de Justiça
A passagem do traficante Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, pela 38 Vara Criminal na última quarta-feira, para ser citado num processo em que é acusado de associação para o crime e o tráfico, provocou uma correria entre oficiais de Justiça. Eles aproveitaram para intimar o bandido em outros seis processos.
Alguns dos dez processos que tramitam na Justiça contra o traficante estavam suspensos, como prevê a lei quando o réu está foragido. Em dois casos, os juízes marcaram audiência de instrução e julgamento ainda este mês.
Para juiz, conduta de Nem é "inaceitável e repugnante"
Em todos os processos, o traficante é apontado como o chefe do tráfico na Rocinha.
Na sentença em que condenou o bandido a oito anos e quatro meses de prisão por associação para o crime, o juiz Luiz Márcio Victor Alves Pereira, da 33ª Vara Criminal, afirmou que a conduta social de Nem é "inaceitável e repugnante, com ampla repercussão negativa nas imprensas nacional e internacional, comprometendo a imagem da cidade e gerando a subversão do estado democrático de direito".
Nem também foi condenado em outro processo, que tramitou na 9ª Vara Criminal, pelo juiz Luciano Silva Barreto, a sete anos de reclusão, em julho de 2010. A sentença foi confirmada pelo Tribunal de Justiça.
O inquérito da PF vai correr paralelamente ao aberto pela Corregedoria da Polícia Civil para apurar o caso. Semana passada, o delegado Fernando Veloso, subchefe operacional da Polícia, afirmou que havia uma negociação com os advogados de Nem para que ele se entregasse.
Punição vai de advertência a expulsão
O Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ) suspendeu preventivamente na quinta-feira os três advogados flagrados levando o traficante. Os 60 integrantes do tribunal foram unânimes na decisão, que impede o exercício da profissão pelo prazo de 90 dias. Segundo o vice-presidente da OAB-RJ, Sérgio Fisher, os três estão sendo submetidos a um processo disciplinar pelo conselho pleno da entidade, que decidirá a punição a ser aplicada a eles. Ela vai de uma advertência até a expulsão dos quadros da entidade.
O conselho é formado por 80 pessoas que estão analisando cada caso. Fisher informou que se o processo administrativo não tiver sido concluído em 90 dias a suspensão é encerrada.
— Nenhum deles mandou representantes para o tribunal. Agora, eles têm direito a ampla defesa, que poderá ser feita durante o processo administrativo — explicou o vice-presidente da OAB-RJ.
Dos três, o único que está em liberdade é André Luís Soares Cruz, que se apresentou como cônsul honorário da República Democrática do Congo e foi autuado na Polícia Federal por favorecimento pessoal. Seu pai, Demóstenes Cruz e Luiz Carlos Cavalcante Azenha (advogado de Nem) estão presos em Bangu 8 por corrupção ativa.
O presidente do Conselho Nacional dos Peritos Judiciais, José Ricardo Rocha Bandeira, decidiu suspender André Cruz e Demóstenes Cruz dos cargos de diretor jurídico e auxiliar jurídico, respectivamente.
Traficante no Fórum atrai oficiais de Justiça
A passagem do traficante Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, pela 38 Vara Criminal na última quarta-feira, para ser citado num processo em que é acusado de associação para o crime e o tráfico, provocou uma correria entre oficiais de Justiça. Eles aproveitaram para intimar o bandido em outros seis processos.
Alguns dos dez processos que tramitam na Justiça contra o traficante estavam suspensos, como prevê a lei quando o réu está foragido. Em dois casos, os juízes marcaram audiência de instrução e julgamento ainda este mês.
Para juiz, conduta de Nem é "inaceitável e repugnante"
Em todos os processos, o traficante é apontado como o chefe do tráfico na Rocinha.
Na sentença em que condenou o bandido a oito anos e quatro meses de prisão por associação para o crime, o juiz Luiz Márcio Victor Alves Pereira, da 33ª Vara Criminal, afirmou que a conduta social de Nem é "inaceitável e repugnante, com ampla repercussão negativa nas imprensas nacional e internacional, comprometendo a imagem da cidade e gerando a subversão do estado democrático de direito".
Nem também foi condenado em outro processo, que tramitou na 9ª Vara Criminal, pelo juiz Luciano Silva Barreto, a sete anos de reclusão, em julho de 2010. A sentença foi confirmada pelo Tribunal de Justiça.
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