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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Homem espera 36 horas por cirurgia em hospital

Um homem de 53 anos, que teve um acidente vascular cerebral, ficou à espera de uma cirurgia no Hospital Geral de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, por 36 horas depois de ter chegado passando mal. Segundo sua filha, ele teve declarada a morte encefálica.

O hospital, no entanto, informou que foi aberto um protocolo de morte encefálica do paciente na terça-feira (25), mas o diagnóstico ainda não foi confirmado. Ainda de acordo com o hospital, ele passa por exames no CTI.

A família contou que o paciente esperou 21 horas numa maca no corredor da emergência até ser atendido por um médico. Sobre o fato de o paciente ter ficado no corredor, o hospital informou que "convive com a superlotação e que apesar de o setor só ter 52 leitos, por dia 130 pessoas são internadas ali".

O hospital explicou que no dia que o homem chegou ao hospital, um sábado, não havia neurologista de plantão, mas que ele foi medicado por um clínico.

Francisco Antônio de Souza teve um acidente vascular cerebral no último dia 9 e foi levado para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, onde ficou internado até dia 22, quando teve alta. Mas sua filha Priscila, quando levou o pai para casa, percebeu que ele não estava bem.

“Nós chegamos aqui para pegar ele e ele já estava se queixando de dor na cabeça”, disse ela.

Menos de duas horas depois de ter tido alta, Francisco estava de volta ao hospital. Segundo a família, foi quando começou o drama da espera pelo atendimento.

Francisco chegou ao hospital por volta da 13h do sábado (22), informou a família. Como não havia espaço na emergência, ficou numa cadeira e só mais tarde foi colocado numa maca no corredor. Ainda segundo a família, não havia médico no plantão e o paciente só foi visto por um médico às 10h de domingo (23), 21 horas depois de ter chegado no hospital.

"Meu marido gritava socorro, até batia na gente de tanta dor e não tinha um médico para dar socorro, não tinha", disse a mulher de Francisco.

Imagens de celular
Com um telefone celular, a família de Francisco gravou imagens do setor de emergência. Os corredores foram transformados em enfermarias e não havia espaço entre uma maca e outra.

A família contou que foi nessas condições que o paciente esperou durante 36 horas, até ser operado. Na terça-feira (25), a família disse ter recebido a notícia de que não havia mais nada a fazer.

“Nós viemos na visita e o médico disse que ele já tinha tido a morte encefálica", contou a filha Priscila.

"Isso é uma fachada. A gente entra vivo e sai morto", disse a mulher de Francisco.

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