No Rio, cinco deputados estaduais da legenda respondem a processos na Justiça movidos pelo Ministério Público
Brasília - O recém-fundado Partido Social Democrático (PSD)conta em suas fileiras no Rio com pelo menos cinco deputados estaduais que respondem a processos na Justiça movidos pelo Ministério Público (MP). Levantamento feito por O DIA encontrou uma ação penal por homicídio qualificado e processos por supostos crimes eleitorais e improbidade administrativa com pedidos de perda de cargos públicos. O presidente do partido no estado é o ex-deputado Indio da Costa, relator da Lei da Ficha Limpa na Câmara dos Deputados.
De acordo com a lei, um político só se torna ‘ficha suja’ quando não pode mais recorrer de uma condenação na Justiça ou quando a decisão foi tomada por um colegiado e não apenas por um juiz.
Os deputados processados são Jorge Moreira Theodoro (Dica), Iranildo Campos, Graça Pereira, André Corrêa e Marcos Abrahão. Advogados dos parlamentares negam todas as acusações.
Dica responde a três ações em que a Procuradoria Regional Eleitoral o acusa de compra de voto, recebimento de recursos de fonte proibida e abuso de poder econômico. Ele teria usado eleitoralmente um centro social em São João de Meriti. Na 5ª Vara de Fazenda Pública, outra ação de improbidade o acusa de nomear um ‘fantasma’ para desviar o auxílio-educação.
Iranildo Campos é processado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por suposta compra de voto. Material de sua campanha foi apreendido no centro social de um vereador de São João de Meriti. É réu ainda por improbidade na 5ª Vara Federal de Meriti, acusado pelo MP federal de superfaturar a compra de ambulâncias quando era secretário municipal de Saúde. O caso foi apurado pela CPI dos Sanguessugas.
Marcos Abrahão foi denunciado como mandante do assassinato, ocorrido em 2003, do deputado Valdeci Paiva de Jesus, de quem era suplente. Em 2005, a Justiça decidiu que ele iria a júri popular mas, em dezembro de 2010, o Superior Tribunal de Justiça mandou o processo para o Tribunal de Justiça por ele ter foro privilegiado. O julgamento não está marcado.
São pessoas do bem, diz Indio
Maior responsável pelo PSD no Rio, Indio diz que os deputados acusados são pessoas “do bem” e que o partido cumprirá a Lei da Ficha Limpa, da qual foi relator. “As pessoas que vieram para o PSD estão na política para fazer o bem”, diz.
Iranildo afirma ser inocente: “Não tenho nada a ver com sanguessugas.” Advogados de Dica e Graça Pereira negam ligação entre centros sociais e atividades políticas. Os de Dica afirmam que ele não empregou ‘fantasma’ no gabinete. A defesa de André Corrêa contesta qualquer prática ilícita para obtenção de votos e pede anulação do processo. Advogado de Abrahão, Luiz Carlos da Silva Neto nega que ele seja autor do crime e diz que a testemunha mentiu.
Brasília - O recém-fundado Partido Social Democrático (PSD)conta em suas fileiras no Rio com pelo menos cinco deputados estaduais que respondem a processos na Justiça movidos pelo Ministério Público (MP). Levantamento feito por O DIA encontrou uma ação penal por homicídio qualificado e processos por supostos crimes eleitorais e improbidade administrativa com pedidos de perda de cargos públicos. O presidente do partido no estado é o ex-deputado Indio da Costa, relator da Lei da Ficha Limpa na Câmara dos Deputados.
De acordo com a lei, um político só se torna ‘ficha suja’ quando não pode mais recorrer de uma condenação na Justiça ou quando a decisão foi tomada por um colegiado e não apenas por um juiz.
Os deputados processados são Jorge Moreira Theodoro (Dica), Iranildo Campos, Graça Pereira, André Corrêa e Marcos Abrahão. Advogados dos parlamentares negam todas as acusações.
Dica responde a três ações em que a Procuradoria Regional Eleitoral o acusa de compra de voto, recebimento de recursos de fonte proibida e abuso de poder econômico. Ele teria usado eleitoralmente um centro social em São João de Meriti. Na 5ª Vara de Fazenda Pública, outra ação de improbidade o acusa de nomear um ‘fantasma’ para desviar o auxílio-educação.
Iranildo Campos é processado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por suposta compra de voto. Material de sua campanha foi apreendido no centro social de um vereador de São João de Meriti. É réu ainda por improbidade na 5ª Vara Federal de Meriti, acusado pelo MP federal de superfaturar a compra de ambulâncias quando era secretário municipal de Saúde. O caso foi apurado pela CPI dos Sanguessugas.
Marcos Abrahão foi denunciado como mandante do assassinato, ocorrido em 2003, do deputado Valdeci Paiva de Jesus, de quem era suplente. Em 2005, a Justiça decidiu que ele iria a júri popular mas, em dezembro de 2010, o Superior Tribunal de Justiça mandou o processo para o Tribunal de Justiça por ele ter foro privilegiado. O julgamento não está marcado.
São pessoas do bem, diz Indio
Maior responsável pelo PSD no Rio, Indio diz que os deputados acusados são pessoas “do bem” e que o partido cumprirá a Lei da Ficha Limpa, da qual foi relator. “As pessoas que vieram para o PSD estão na política para fazer o bem”, diz.
Iranildo afirma ser inocente: “Não tenho nada a ver com sanguessugas.” Advogados de Dica e Graça Pereira negam ligação entre centros sociais e atividades políticas. Os de Dica afirmam que ele não empregou ‘fantasma’ no gabinete. A defesa de André Corrêa contesta qualquer prática ilícita para obtenção de votos e pede anulação do processo. Advogado de Abrahão, Luiz Carlos da Silva Neto nega que ele seja autor do crime e diz que a testemunha mentiu.
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