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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A situação do ministro Carlos Lupi se complica

Ministério do Trabalho é denunciado pela Controladoria Geral da União, e a situação de Carlos Lupi se complica. É a bola da vez.

Mais um ministério na alça de mira, parece que isso não vai acabar nunca. O PSDB entrega hoje uma representação à Procuradoria-Geral da República e um pedido de auditoria especial ao Tribunal de Contas da União para investigar as denúncias de irregularidades no Ministério do Trabalho.

Reportagem publicada domingo pelo jornal “O Estado de S. Paulo” afirma que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, além de empregar parte da cúpula do PDT no ministério, também teria encontrado brechas para repassar recursos a centrais sindicais impedidas pelo TCU de receber recursos públicos, por conta de irregularidades detectadas no passado. Só neste ano, essas entidades vinculadas a centrais teriam recebido R$ 11 milhões, segundo a denúncia.

Recorde-se que Lupi, há alguns meses, já tinha sido acusado de favorecer ONGs ligadas a militantes do partido, do qual é presidente licenciado. Desta vez, um levantamento preliminar da própria Controladoria-Geral da União aponta irregularidades em contratos da pasta com entidades ligadas ao PDT que não teriam condições de executar o trabalho por terem se envolvido em irregularidades no passado. Segundo a CGU, as centrais deixaram de prestar contas, atrasaram os serviços e ofereceram cursos de má qualidade.

Outra denúncia é de que Lupi teria loteado a cúpula do ministério com pessoas ligadas ao seu partido. O tesoureiro do PDT, Marcelo Panella, chegou a ser chefe de gabinete do ministro, mas foi exonerado em agosto. Ainda restariam dez dirigentes entre os principais assessores de Lupi, além do presidente da Fundacentro. Além disso, entidades citadas pelo levantamento da Controladoria não teriam estrutura própria e estariam até terceirizando os pretensos cursos de capacitação.

O líder tucano na Câmara, Duarte Nogueira (SP), afirmou que solicitará cópias das prestações de contas e relatórios de execução dos convênios ao Ministério. “O FAT é dinheiro do trabalhador. E é inadmissível que esses recursos sejam desviados para engordar caixa de partidos. Não se pode deixar que o FAT seja mais um ralo por onde escoa dinheiro público”, disse.

O PPS também informou que vai pedir ao TCU uma auditoria completa nos convênios do Ministério do Trabalho destinados a cursos de qualificação profissional. E por aí lá vamos nós.

Tribuna da Imprensa

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