Com previsão de contar com 12 deputados, partido quer enfraquecer a influência de Anthony Garotinho (PR)
Com o registro concedido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última terça-feira, o PSD pode se tornar a maior bancada na Assembléia Legislativa do Rio (Alerj). Presidente estadual do partido, Indio da Costa (ex-DEM) informou ontem ao GLOBO que a sigla deverá contar com 12 deputados estaduais, deixando para trás o PMDB e o PDT, que ficarão com 11 cada.0 mais prejudicado com o troca-troca foi o PR do ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho, que perdeu, pelo menos, quatro dos nove deputados da bancada da Assembléia. O golpe é ainda maior porque esses deputados deixam a oposição para se aliarem ao maior inimigo político de Garotinho, o governador Sérgio Cabral (PMDB).
Indio da Costa divulgou o nome de apenas oito dos 12 deputados que irão compor a bancada do PSD na Alerj, alegando que os outros quatro ainda estão oficializando a saída de seus respectivos partidos. Segundo ele, deixam o PR os evangélicos Samuel Malafaia e Fábio Silva, além de Iranildo Campos e Roberto Henriques. 0 PPS fica sem André Corrêa, e o PMDB perde Jorge Moreira Theodoro, o Dica. Com a saída de Graça Pereira, o DEM perde a sua única representante na Alerj, assim como o PRP, agora sem Thiago Pamplona.
0 presidente estadual do PSD reconhece que existe a intenção de enfraquecer a influência de Garotinho no estado. Salienta, porém, que não está indo atrás de políticos do PR, apenas atende os descontentes que têm procurado a nova sigla.
—Atrapalhar o crescimento do Garotinho no estado é nossa estratégia. O Garotinho e a Rosinha não fizeram um bom governo. Desmontar os aliados de Garotinho faz parte da estratégia do PSD, sim — admitiu Indio da Costa, que deixou o DEM após ter sido vice na chapa de José Serra nas eleições do ano passado.
Como parte do plano, o partido deve lançar Roberto Henri-ques, até então aliado do ex-governador, à Prefeitura de Campos, base eleitoral da família Garotinho. A sigla também está disposta a sufocar o PR nas alianças para as disputas municipais de 2012, porque poderá fazer coligações com todos os partidos, exceto com o de Garotinho e com o DEM.
Na Câmara dos Deputados, mais quatro adesões
O PSD contabiliza também quatro adesões de deputados da bancada do Rio na Câmara dos Deputados: Arolde de Oliveira (ex-DEM), Sérgio Zveiter (ex-PDT) e Áureo (ex-PRTB). O quarto nome ainda não pode ser revelado porque está em processo de desfiliação, afirmou Indio da Costa. Áureo deve ser o candidato à Prefeitura de Macaé, e Zveiter vai disputar o posto em Niterói. Dica deve ser o candidato da legenda em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Em Nova Iguaçu, ficou decidido que o PSD vai apoiar o peemedebista Nelson Bornier.
No Rio, o presidente estadual do PSD disse que vai apoiar a reeleição do prefeito Eduardo Paes (PMDB), que contará com o apoio de, pelo menos, três vereadores da legenda, segundo Indio, que divulgou apenas o nome de Carlinhos Mecânico, ex- PPS. Nas eleições de 2012, a legenda de Kassab pretende eleger entre dois e cinco vereadores no Rio, dependendo da chapa a ser montada.
O apoio do PSD ao governo Cabral e a Eduardo Paes foi acertado em jantar realizado
na residência do governador há dois meses, com a presença do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Apesar da união, Indio da Costa negou que o partido vá pedir cargos nas administrações dos dois peemedebistas:
— O PSD vai votar com o governo do estado dentro da ideologia no partido — afirmou, acrescentando:
— Quando se estabeleceu que o partido nasceria no Rio, havia uma predisposição para trabalhar juntos (com Cabral e com Paes) — finalizou Indio.
PMDB do Rio quer ampliar poder e conquistar 45 prefeituras em 2012
O GLOBO
Se fosse bombeiro, convocaria todos os colegas, policiais,servidores estaduais e municipais, parentes e amigos, para apoiar o partido de Garotinho. Assim, descartando o Paes o Cabral e todos os aliados desse partido canalha que é o PMDB. Basta espanar durante as futuras manifestações. Criar uma frase de ordem dizendo que não votarão no PMDB e PSD.
ResponderExcluirO Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), com o apoio da Polícia Federal, realizou nesta segunda-feira uma operação de busca e apreensão nas casas do deputado estadual Roberto Henriques, em Campos, e do membro da executiva do PSD fluminense, Fabio Lins e Silva, na Gávea, na Zona Sul. O objetivo foi tentar encontrar fraudes na lista de eleitores para a criação do partido presidido pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
ResponderExcluirA operação do TRE-RJ, iniciada por volta das 6h, atendeu a um pedido da Procuradoria Eleitoral do Rio para identificar documentos supostamente com assinaturas falsificadas de filiação. Nada foi encontrado nas residências.
- Foi uma atitude descabida, extemporânea. Mostra a morosidade da Justiça Eleitoral porque deveria ser feita lá atrás, em setembro. Bastava eles solicitarem as assinaturas nas Zonas Eleitorais. Não precisava fazer essa operação - disse o presidente regional do PSD, Indio da Costa.
Henriques é pré-candidato a prefeito em Campos e terá como adversária a atual prefeita Rosinha Garotinho, do PR, que tentará a reeleição. Há suspeitas de um vazamento da operação do TRE-RJ. No último sábado, Henriques registrou na delegacia o arrombamento de seu escritório político no município. Segundo ele, um laptop foi furtado.